DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Leônidas Scholz, que defende o deputado Paulinho (PDT-SP), disse ontem não conhecer o teor das gravações descritas pela Folha, mas argumentou que são "inevitáveis" e "naturais" os contatos entre o congressista e o consultor João Pedro de Moura.
"Moura é consultor da Força Sindical de São Paulo e o Paulinho preside a Força Sindical nacional. São entidades autônomas, mas evidentemente há uma comunhão de interesses entre as duas", disse o advogado. Segundo Scholz, ambos "têm uma relação de amizade, se conhecem há muito tempo".
O advogado Frederico Crissiúma, que defende João Pedro de Moura, também disse que "eventuais contatos" que seu cliente possa ter tido com Paulinho têm relação com o trabalho de Moura na Força. Ele afirmou não ter tido acesso às conversas, mas considerou que o teor narrado "não tem nada de comprometedor".
A assessoria de Miguel Jorge (Desenvolvimento) confirmou a conversa mantida com Paulinho sobre a fusão entre Oi e Brasil Telecom. Segundo a assessoria, o ministro ligou para dizer que haveria garantias de emprego no acordo que estava prestes a ser fechado.
O advogado Ruy Cavalheiro, que defende o coronel Wilson de Barros Consani Júnior, disse que não teve acesso aos grampos sobre distribuição de convites para o rodeio de Osasco. "O coronel presta, nesses eventos, serviços de segurança, não sobre pessoal, mas avaliação de infra-estrutura e autorizações. É totalmente lícito seu trabalho", disse.
A assessoria do advogado Ricardo Tosto afirmou que a conversa sobre as telefônicas demonstra "a disposição de garantir empregos para milhares de trabalhadores". (RV)


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