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Líder tucano vê "conspiração"
da Sucursal de Brasília
O líder do governo do Congresso, Arthur Virgílio (PSDB-AM),
afirmou ontem que há uma "conspiração" contra o presidente Fernando Henrique Cardoso promovida por membros do Ministério
Público Federal.
"A nós parece parte de uma
conspiração para desacreditar o
presidente da República, atingindo uma pessoa próxima dele. É
imaturidade de pessoas do Ministério Público", disse o Virgílio.
Segundo ele, a disposição de procuradores no Rio de fazer acareação entre o general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar,
e o chefe da Abin no Rio de Janeiro,
João Guilherme de Almeida, está
deixando os militares inquietos.
"Sinto inconformismo e inquietação na área militar. É grave acarear um militar general com um
subordinado", disse.
A acareação deverá ser feita dentro das investigações que estão
sendo feitas para descobrir quem
grampeou telefones do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A acareação foi requisitada por
causa de supostas divergências entre os depoimentos de Cardoso e
Almeida à PF.
O grampo, feito antes do leilão de
venda do Sistema Telebrás, levou à
saída do então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e do então presidente
do BNDES, André Lara Resende.
No mês passado, a Folha publicou transcrição da conversa telefônica gravada entre o presidente e
Lara Resende.
Na conversa, FHC autoriza Lara
Resende a usar o seu nome para
pressionar o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil a
entrar em consórcio do Banco Opportunity que estaria no leilão.
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