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Justiça rejeita solicitação da PF de prisão para petista
Greenhalgh teve conversa gravada com assessor de Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma conversa telefônica entre o ex-deputado federal e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e o chefe-de-gabinete do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Gilberto
Carvalho, foi um dos motivos
que levaram a Polícia Federal a
pedir a prisão preventiva (de 30
dias) do petista.
No diálogo gravado com autorização da Justiça, Greenhalgh pede a ajuda de Carvalho para tentar localizar o procedimento investigatório em
curso na Justiça Federal e na
PF contra Dantas, seu cliente.
O petista pergunta quem é o
delegado responsável pelo caso
e se Carvalho conhece detalhes
da investigação. O chefe-de-gabinete se limita a dizer que irá
se informar sobre o assunto.
Para o Ministério Público e a
Polícia Federal, as escutas telefônicas, realizadas desde o início de 2007, revelam que Greenhalgh era "íntimo" do grupo
ligado a Daniel Dantas e atuava
em favor do banco Opportunity.
Era chamado por integrantes
da suposta quadrilha de "LEG",
as iniciais do ex-deputado, ou
de "Gomes".
O pedido de prisão do deputado e de busca e apreensão na
residência dele foram rejeitados pelo juiz federal Fausto
Martin de Sanctis.
Segundo o delegado Protógenes Queiroz e o procurador Rodrigo De Grandis, o petista
atuava como um braço político
de Dantas, fazendo contatos
com o governo federal e o Congresso Nacional.
"Sua atuação na suposta organização criminosa estaria
aparentemente voltada à prática de lobby junto às altas autoridades do Poder Executivo e a
empresas estatais, dentre elas,
o Banco Nacional de Desenvolvimento Social, BNDES", informou a Procuradoria ao juiz.
No relatório, a Procuradoria
levanta a suspeita de que o ex-deputado do PT e Humberto
Braz constituíam um grupo
contratado por Dantas desde a
negociação da Brasil Telecom,
além de atuar outros negócios
do banqueiro preso.
Ontem, o procurador De
Grandis não quis comentar se
há autoridades com foro privilegiado, eventualmente citadas
no inquérito, que possam ser
alvo de novas investigações.
A Folha apurou que novas
investigações serão abertas para investigar autoridades com
foro privilegiado.
Os nomes dos novos suspeitos foram mantidos em sigilo.
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