São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Ah, aquele G8

No título do editorial do "New York Times", "Oh, that G8". Com esforço, o jornal levantou sugestões para encontro de tão "baixa expectativa", como também destacou. Fim do dia e, confirmando a previsão, sua manchete foi para "Nações do G8 fracassam em acordo sobre plano para combater o aquecimento global", depois mudado para sublinhar que a resistência foi das "nações em desenvolvimento" convidadas para o encontro, reunidas no chamado G5.
Na manchete on-line do "China Daily", nada de G8: "G5 defende cooperação mais próxima em questões globais" como a economia ou a "mudança climática". O presidente chinês nem estava mais lá e deixou a "resistência" para Índia e outros.
Sobre o conflito em Urumqi, o jornal estatal chinês noticiou, com menor atenção, que a região estaria "voltando ao normal" e, ainda menos convincente, que a "unidade étnica prevalece".

BRASIL+MÉXICO
Em meio ao G8 e ao G5, Lula e o mexicano Felipe Calderón se reuniram e, no título da Efe, "acordaram fortalecer a unidade latino-americana". E "sublinharam a importância do G5" como "plataforma para levar posições da região à agenda mundial".
No enunciado da France Presse sobre o encontro, os dois "condenaram o golpe de estado em Honduras".

O DÓLAR CONTINUA
A coluna de investimentos do "Wall Street Journal", sob o título "Você deve apostar contra o dólar?", tratou longamente da demanda de China, Rússia e Brasil por alternativas ao dólar. Seu conselho: "Fundos de moedas estrangeiras podem proteger do declínio do dólar, mas eles podem não ser necessários". O declínio, avalia, será demorado.

OBRIGADO PELO CAOS

Joe Klamar/guardian.co.uk
O "Guardian" apontou o "caos" na organização do G8 e Silvio Berlusconi, ontem, reagiu dizendo que foi "erro colossal de um pequeno jornal" http://www.guardian.co.uk/world/2009/jul/07/berlusconi-g8-summit-preparations. Mas o canal financeiro CNBC entrou no coro, com o âncora Stephen Sedgwick dizendo "obrigado pelo caos" reservado à cobertura.

PARCEIROS
A espanhola Efe acompanhou a audiência do embaixador indicado para o Brasil, Thomas Shannon, e também de Arturo Valenzuela, que deve chefiar a diplomacia americana na região, no Senado. Para Shannon, "temos que deixar claro que os EUA continuam sendo parceiro maior do Brasil", em energia.
Já Valenzuela, segundo a americana AP, defendeu mudar o foco dos EUA, passando a não dividir mais a América Latina de forma "maniqueísta", em blocos. Era referência à Venezuela e países próximos, mencionados na pergunta de um senador.

RISCOS E INTERESSES
No topo das buscas de Brasil no Google News, "WSJ" e outros deram que a corporação americana Hess "diz que não encontrou petróleo no campo de Guarani", no pré-sal. No enunciado da agência britânica Reuters, "Poço seco no mar mostra riscos do petróleo no Brasil". A Exxon, que divide com a Hess a concessão, avisa que vai abrir novo poço para "avaliar melhor".
E a agência americana Bloomberg deu que as ações da Petrobras caíram pelo sétimo dia após a suspensão do teste de produção no campo de Tupi.

ESPECULADORES
Nas manchetes de papel de "WSJ" e "Financial Times", ontem, "Especuladores do petróleo sob fogo" e a "repressão aos especuladores" em estudo para conter a manipulação dos mercados.
Da Europa, o britânico Gordon Brown e o francês Nicolas Sarkozy cobraram ação contra a "volatilidade". E o governo americano avisou que já prepara medidas.

PREÇOS
O blog de Vinicius Torres Freire, na Folha Online, avaliou que o limite na ação de "hedge funds" e outros nos negócios de petróleo, se prosperar, "pode ser uma das mais interessantes iniciativas da onda de regulação" estimulada pela crise.
E no fim do dia, ontem, a manchete on-line do mesmo "WSJ" destacou a queda no preço do petróleo.

MONOPÓLIO?

nytimes.com
O Google prepara um sistema operacional contra o Windows. Drudge e outros deram como "tiro mortal" na Microsoft. Até o "NYT" se assustou e postou na home, em destaque, que o novo Bing, da Microsoft, é buscador melhor que o Google.


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@ - Nelson de Sá


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