São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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entrevista

"Não há como obrigá-lo a sair", diz Ideli

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), diz que a permanência de Renan Calheiros na presidência da Casa prejudica os trabalhos, mas que não há como obrigá-lo a sair. (FK)

 

FOLHA - A oposição anunciou que vai obstruir as votações até a conclusão do caso Renan. O que a senhora acha?
IDELI SALVATTI -
Não tem uma unanimidade sobre isso na oposição.

FOLHA - Pode dar errado?
IDELI -
O próprio Arthur Virgílio [PSDB] comentou comigo e com o Marconi Perillo que a situação do Renan é desgastante, mas que se ficarem obstruindo um ou dois meses vai ficar desgastante para eles.

FOLHA - Renan deveria se afastar da presidência?
IDELI -
O direito de defesa e a presunção de inocência têm que ser preservados. O processo de investigação está em curso, não está sendo obstruído e já saiu do Senado. Permanecer ou não na presidência é prerrogativa dele.

FOLHA - E isso não interfere nos trabalhos?
IDELI -
Claro que interfere, mas não tem como obrigá-lo [a sair].

FOLHA - O PT está como aliado do Renan nesse processo?
IDELI -
A investigação é necessária e precisa ser feita até as últimas conseqüências. Não será bom para o Senado, para o governo e nem para o PT que a investigação não tenha credibilidade.

FOLHA - Como analisa o andamento desse processo no Senado?
IDELI -
Não é a investigação de um mero senador. Acaba se revestindo do que chamo de "coceira da cadeira", ou seja, a perspectiva de ter um processo sucessório contamina.


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