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Alckmin ataca concorrentes na Justiça
JULIA DUAILIBI
MARCELO SOARES
DA REPORTAGEM LOCAL
Na disputa pelo ingresso no segundo turno, os candidatos Paulo
Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin
(PSDB) elegeram um ao outro como adversário preferencial no horário eleitoral gratuito e em ações
na Justiça Eleitoral.
Segundo a última pesquisa Datafolha, os dois candidatos estão
empatados no segundo lugar, depois do debate na TV Bandeirantes. Na semana passada, Alckmin
havia conseguido ultrapassar Maluf em dois pontos percentuais.
A disputa já rendeu 34 ações do
início do horário eleitoral gratuito, em 15 de agosto, até a ontem. A
maioria (28) são de Alckmin ou
do governador Mário Covas contra o pepebista. Destes, 23 são pedidos de direito de resposta.
Apesar de o tucano não responder a ataques em seu programa e
dizer que apenas responde a acusações em entrevistas, durante a
campanha ele deixa escapar algumas farpas contra os adversários.
"Maluf está encalacrado, não
consegue crescer e quer aumentar
a rejeição dos concorrentes. Está
tendo dificuldade na campanha.
Ele é rejeitadíssimo", diz Alckmin, que classificou o governo do
pepebista em São Paulo como
"governo de terra arrasada".
Maluf e o PPB moveram seis
ações contra Alckmin. Três delas
apontam o uso de locais e símbolos do governo estadual na propaganda do tucano, que é vice-governador licenciado. Em um deles, Alckmin, a diretora do Procon
e o Poupatempo foram multados
no equivalente a R$ 5.320 cada
um por imagens usadas na propaganda tucana.
Na TV, Maluf e os candidatos a
vereador pelo PPB buscam vincular Alckmin ao projeto do PSDB
que reduz a pena máxima de 30
para 20 anos de prisão.
Para o advogado de Alckmin,
Ricardo Penteado, os ataques
contra o tucano tiveram início e se
intensificaram a partir do momento em que o tucano passou a
subir nas pesquisas. Os pedidos
de direito de resposta do tucano
se intensificaram a partir do dia 31
de agosto.
"A campanha de Maluf perdeu
um pouco o prumo e passou a se
preocupar em agredir Alckmin.
Passamos a buscar a Justiça sem
fazer alarde. A campanha do
Alckmin continua em seu tom
normal, mas busca o direito de
responder no espaço do Maluf."
Os tucanos já obtiveram cinco
direitos de resposta e uma liminar
contra os pepebistas.
Outros
Do ninho tucano, também respingam alguns processos e declarações contra outros candidatos.
Contra Romeu Tuma (PFL) e sua
coligação, por exemplo, há nove
processos.
Alckmin classificou a forma como Marta Suplicy (PT) tem agido
contra ele como "muito incorreta" e disse que " A Marta quer o
Maluf no segundo turno para ganhar por WO (desistência)".
Apesar das declarações e de dois
processos contra a coligação de
Marta, o tucano diz que não vai
fazer ataques contra ela ou qualquer outro candidato.
"Nossa campanha não vai mudar. Vou continuar no mesmo nível. Não vou fazer campanha contra pessoas. Até a candidata favorita está atacando", diz Alckmin.
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