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Rivais evitam cumprimentos após o confronto
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro das Relações
Institucionais, Tarso Genro,
arriou para passar por trás
do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), na saída do debate da Rede Bandeirantes.
Esgueirando-se, Tarso evitou cumprimentar o adversário. Já dentro do táxi, Alckmin deixou o carro para se
despedir do ex-secretário
municipal de Saúde, Cláudio
Lottenberg, mas ignorou a
presença do ministro Luiz
Dulci e do governador eleito
Jacques Wagner ao seu lado.
Esse foi o desfecho do debate. Iniciada com a protocolar cumprimento entre políticos de campo adversário, o
confronto foi marcado por
uma guerra de torcida, frenética movimentação e troca
de farpas ao longo de suas
duas horas. Um dos momentos mais tensos foi o pedido
de direito de resposta de Lula, quando os assessores,
dentro do cenário, acenaram
uns para os outros com o debate ainda no ar.
Por determinação do comando da campanha, o advogado do PSDB, Ricardo Penteado, foi escalado para deter
a possibilidade de concessão
de tempo para o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. A
negociação consumiu pelo
menos 20 minutos.
Apesar dos apelos da organização, não foi possível conter a manifestação da platéia.
"Está nervoso?", gritava Zulaiê Cobra quando Lula falava. "O que é isso?", reagiu a
ex-prefeita Marta Suplicy,
quando Alckmin pediu respeito a Lula. A participação
da platéia começou no primeiro bloco, quando tucanos
aplaudiram Alckmin.
Marcada pela ausência de
líderes nacionais do PFL -
inclusive do vice, José Jorge
- a platéia tucana riu, às gargalhadas, quando Lula anunciou obras para os governos
futuros. Exibindo um sorriso
irônico no rosto, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati
(CE), fazia comentários duros sobre a atuação do petista. "Não sabe nem ler", afirmou, no momento em que
Alckmin corrigiu o petista.
Na saída, o coordenador de
comunicação da campanha
de Alckmin, Luiz Gonzalez,
passou por um grupo de petistas desgarrados sem os
cumprimentar. Citado duas
vezes no debate, o governador eleito de São Paulo, José
Serra, resumiu o que o debate prenuncia. "Sem dúvida,
será uma campanha dura."
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