São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Território proibido
Em resposta à pressão dos aliados para que Lula e o
primeiro escalão fiquem longe da campanha de segundo turno em cidades nas quais a disputa se dá entre candidatos de partidos da base, o presidente do
PT, Ricardo Berzoini, pergunta: "Por que a Dilma não
pode ir a Salvador e o Geddel pode? Os ministros do
PT têm tanto direito quanto os do PMDB". Sob ataque 1. A desvantagem de Marta Suplicy já aciona o fogo amigo no PT. Aliados da ex-prefeita enxergam a digital do secretário-geral, José Eduardo Cardozo, na idéia de que ela estaria sendo alvo de "rejeição militante". Sob ataque 2. A possibilidade de derrota de Marta também agita a bolsa de apostas no PT sobre a candidatura ao governo de São Paulo em 2010. Até o nome de Emídio de Souza, reeleito em Osasco, passou a ser jogado na roda. Focalizado. Gilberto Kassab (DEM) mira especialmente o eleitorado de Cidade Tiradentes, onde Marta faturou 62% dos votos, e ele, 19%. Além do novo hospital, presença constante no programa de TV, a propaganda vai martelar duas AMAs, um CEU e três escolas na região. Alta rejeição. Petistas instalados no governo Lula não morrem de amores pelo verde-tucano Fernando Gabeira. Mas falam muito, muito pior de Eduardo Paes (PMDB), candidato do governador Sérgio Cabral à Prefeitura do Rio. Despertador 1. O PT fará um seminário em novembro para discutir a crise internacional e seu impacto político. Quem organiza é Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula. Durante dois dias, falarão economistas, ministros e dirigentes de partidos aliados. Na semana que vem, haverá conversa preliminar da direção com alguns palestrantes. Despertador 2. Embora o discurso oficial do PT seja contemporizador, o partido acordou para as possíveis conseqüências da crise. "Quando a economia vai bem, o governo vai bem. Quando vai mal, os efeitos políticos são inevitáveis", diz o presidente Ricardo Berzoini. Salomônico. O provável caminho do PC do B em Belo Horizonte é liberar Jô Moraes para apoiar Leonardo Quintão (PMDB) e, ao mesmo tempo, dizer que, como integrante do "bloquinho", o partido não pode se colocar contra Márcio Lacerda (PSB). Só love. Aclamado ontem na reunião da bancada do PMDB, Quintão cumprimentou quase todos os presentes com um beijo no rosto. O ex-deputado mensaleiro José Borba também ganhou o seu. É meu. José Alencar enfrenta saia justa em Montes Claros (MG), sua base política e sede da Coteminas. Um dos candidatos é do PMDB, e o outro tem o PT na chapa. Ambos disputam o apoio do vice. Trilha. Cantor e compositor de forró, o prefeito reeleito de Maceió, Cícero Almeida (PP), pretende aproveitar em seu próximo CD o refrão do jingle "Cadê o Ciço?", utilizado pelos adversários para alfinetá-lo pela ausência nos debates durante a campanha. Próximo capítulo. Reeleito com 74% dos votos em Goiânia, o prefeito Iris Rezende (PMDB) já projeta a reedição da aliança com o PT como plataforma para enfrentar o grupo de Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo governo de Goiás em 2010. "A coligação sinaliza um projeto comum para o futuro", diz. com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO Tiroteio "Ela quer ver o cisco no olho e não percebe a trava que tem no seu. Afinal, quem tem um problema de imagem é ela." De GUILHERME AFIF , coordenador do programa de governo de Kassab, sobre Marta, que acusou o prefeito de "não ter imagem própria". Contraponto Só pra contrariar
Desgostoso com o acordo entre seu partido e o PSDB
em Belo Horizonte, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, dedicou-se neste ano a campanhas
do PT no interior de Minas. Em visita a Alfenas, onde
conseguiu eleger o prefeito, ele foi surpreendido pelo
anúncio do locutor, logo no início do comício: |
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