São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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Crivella, Frossard e Montes aparecem empatados no Rio

Candidatos do prefeito Cesar Maia e do governador Sérgio Cabral estão no segundo pelotão na disputa pela Prefeitura

Montes e Crivella têm mais força entre pessoas menos escolarizadas e de menor renda, e Frossard, nas faixas mais ricas e de mais estudo

DA SUCURSAL DO RIO

A mais de dez meses da eleição, o deputado estadual Wagner Montes (PDT), o senador Marcelo Crivella (PRB) e a ex-deputada federal Denise Frossard (PPS) estão tecnicamente empatados em primeiro lugar na disputa pela Prefeitura do Rio, segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 e 29 de novembro.
Os dois principais mandatários do Rio, o prefeito Cesar Maia (DEM) e o governador Sérgio Cabral, assistem aos nomes que defendem na corrida eleitoral, respectivamente Solange Amaral (DEM) e Eduardo Paes (PMDB), no segundo pelotão dos postulantes à prefeitura, embolados com Jandira Feghali (PCdo B) e Chico Alencar (PSOL), herdeiros do forte e tradicional voto oposicionista no Rio.
Montes, eleito parlamentar em 2006 e apresentador de programas populares diários nas emissoras Record e CNT do Rio, obtém de 15% a 18% das intenções de voto, variando de acordo com os nomes integrantes das três listas de candidatos que foram apresentadas aos entrevistados.
Crivella, candidato derrotado ao governo no Estado em 2006, atinge de 15% a 17%. Frossard, que também perdeu a disputa para o governador Sérgio Cabral (PMDB) no ano passado, varia de 14% a 15%, de acordo com o cenário.
Como a pesquisa Datafolha tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, Montes (que pode ter entre 11% e 22%), Crivella (entre 11% e 21%) e Frossard (entre 11% e 19%) estão tecnicamente empatados, formando o bloco mais à frente dos que disputam a sucessão do prefeito Cesar Maia (DEM).
O secretário estadual de Esportes e Lazer, Eduardo Paes, obtém 9% ou 10% dos votos, nos dois cenários em que foi incluído. A deputada federal Solange Amaral atinge 5% ou 6% dos entrevistados quando posta entre os candidatos.
Cesar Maia acertou com o presidente regional do PMDB, Anthony Garotinho, uma aliança na qual caberia ao DEM escolher o candidato a prefeito em 2008, apoiando o nome do PMDB ao governo do Estado em 2010, com Maia provavelmente disputando o Senado e Cabral tentando a reeleição. Mas Cabral apadrinhou a entrada no PMDB de Paes, ex-secretário-geral do PSDB e candidato tucano derrotado ao governo do Rio em 2006.
No cenário em que Paes é incluído como candidato do PMDB e Amaral é posta como concorrente do DEM, ele obtém 9% da intenções de voto, contra 6% dela. No cenário com Paes e sem Amaral (hipótese pela qual o DEM apoiaria o PMDB), ele atinge 10% dos votos. Com Amaral e sem Paes (com o PMDB apoiando o DEM), ela obtém 5%.
Montes e Crivella disputam o mesmo perfil do eleitorado, concentrando suas forças entre aqueles que têm menos escolaridade e menos renda. Frossard, por sua vez, agrega mais votos nas faixas de mais estudo e mais renda.
Jandira Feghali (que tem entre 9% e 12% das intenções de voto) e Chico Alencar (com 7% ou 8% ) despontam como herdeiros dos votos de esquerda no Rio.
O PT realizará prévia para definir seu candidato e aparecem ainda como pré-concorrentes os deputados estaduais Edson Santos e Alessandro Molon, não-incluídos no Datafolha em razão de restrições ao número máximo de cenários pesquisados. O Datafolha ouviu 639 eleitores na cidade do Rio.


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