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Crivella, Frossard e Montes aparecem empatados no Rio
Candidatos do prefeito Cesar Maia e do governador Sérgio Cabral estão no segundo pelotão na disputa pela Prefeitura
Montes e Crivella têm mais força entre pessoas menos escolarizadas e de menor renda, e Frossard, nas faixas mais ricas e de mais estudo
DA SUCURSAL DO RIO
A mais de dez meses da eleição, o deputado estadual Wagner Montes (PDT), o senador
Marcelo Crivella (PRB) e a ex-deputada federal Denise Frossard (PPS) estão tecnicamente
empatados em primeiro lugar
na disputa pela Prefeitura do
Rio, segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 e
29 de novembro.
Os dois principais mandatários do Rio, o prefeito Cesar
Maia (DEM) e o governador
Sérgio Cabral, assistem aos nomes que defendem na corrida
eleitoral, respectivamente Solange Amaral (DEM) e Eduardo Paes (PMDB), no segundo
pelotão dos postulantes à prefeitura, embolados com Jandira Feghali (PCdo B) e Chico
Alencar (PSOL), herdeiros do
forte e tradicional voto oposicionista no Rio.
Montes, eleito parlamentar
em 2006 e apresentador de
programas populares diários
nas emissoras Record e CNT do
Rio, obtém de 15% a 18% das intenções de voto, variando de
acordo com os nomes integrantes das três listas de candidatos
que foram apresentadas aos
entrevistados.
Crivella, candidato derrotado ao governo no Estado em
2006, atinge de 15% a 17%.
Frossard, que também perdeu
a disputa para o governador
Sérgio Cabral (PMDB) no ano
passado, varia de 14% a 15%, de
acordo com o cenário.
Como a pesquisa Datafolha
tem margem de erro de quatro
pontos percentuais para mais
ou para menos, Montes (que
pode ter entre 11% e 22%), Crivella (entre 11% e 21%) e Frossard (entre 11% e 19%) estão
tecnicamente empatados, formando o bloco mais à frente
dos que disputam a sucessão do
prefeito Cesar Maia (DEM).
O secretário estadual de Esportes e Lazer, Eduardo Paes,
obtém 9% ou 10% dos votos,
nos dois cenários em que foi incluído. A deputada federal Solange Amaral atinge 5% ou 6%
dos entrevistados quando posta entre os candidatos.
Cesar Maia acertou com o
presidente regional do PMDB,
Anthony Garotinho, uma aliança na qual caberia ao DEM escolher o candidato a prefeito
em 2008, apoiando o nome do
PMDB ao governo do Estado
em 2010, com Maia provavelmente disputando o Senado e
Cabral tentando a reeleição.
Mas Cabral apadrinhou a entrada no PMDB de Paes, ex-secretário-geral do PSDB e candidato tucano derrotado ao governo do Rio em 2006.
No cenário em que Paes é incluído como candidato do
PMDB e Amaral é posta como
concorrente do DEM, ele obtém 9% da intenções de voto,
contra 6% dela. No cenário com
Paes e sem Amaral (hipótese
pela qual o DEM apoiaria o
PMDB), ele atinge 10% dos votos. Com Amaral e sem Paes
(com o PMDB apoiando o
DEM), ela obtém 5%.
Montes e Crivella disputam o
mesmo perfil do eleitorado,
concentrando suas forças entre
aqueles que têm menos escolaridade e menos renda. Frossard, por sua vez, agrega mais
votos nas faixas de mais estudo
e mais renda.
Jandira Feghali (que tem entre 9% e 12% das intenções de
voto) e Chico Alencar (com 7%
ou 8% ) despontam como herdeiros dos votos de esquerda no
Rio.
O PT realizará prévia para
definir seu candidato e aparecem ainda como pré-concorrentes os deputados estaduais
Edson Santos e Alessandro
Molon, não-incluídos no Datafolha em razão de restrições ao
número máximo de cenários
pesquisados. O Datafolha ouviu
639 eleitores na cidade do Rio.
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