KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse ontem em Fortaleza que deve apresentar à Executiva Nacional de seu partido em no máximo 40 dias a proposta de um novo método para a escolha do presidenciável tucano em 2010. O processo, segundo ele, deverá ser semelhante às primárias dos EUA, onde convenções estaduais são realizadas para escolher o indicado do partido.
Tasso comanda uma reformulação do PSDB, que inclui a redefinição de programas.
"Não é mudança ideológica, é atualização. A social-democracia de 20 anos atrás, na época do muro de Berlim, era uma. Hoje, o mundo é outro", disse o senador, que participou da escolha do novo presidente do PSDB cearense, o ex-deputado estadual Francini Guedes.
Segundo Tasso, o processo de reformulação do PSDB nacional está dividido em três grupos: o primeiro deles, coordenado pela senadora Marisa Serrano (MS) e pelo deputado federal José Aníbal (SP), irá promover discussões com outros social-democratas de várias partes do mundo, como EUA, Europa e até a Índia, para definir um novo programa do partido.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso será o responsável pela coordenação intelectual dos trabalhos, para inserir universidades e pensadores na discussão.
Um segundo grupo ficou responsável por fazer uma radiografia da situação do PSDB nos Estados e promover novas filiações. Já o último grupo deve definir uma nova linguagem de comunicação com a sociedade.
Para isso, o PSDB encomendou uma pesquisa, em que vai buscar saber o que as pessoas pensam do partido.
Para o senador, a reformulação tucana não pode ser comparada à do PT. "No PT, querem refundar tudo por causa de corrupção. Nosso caso é bem diferente", disse.


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