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ELEIÇÕES 2006
Presidenciáveis se encontram para selar compromisso de apoio mútuo
Alckmin e Serra tentam fechar acordo
DA REPORTAGEM LOCAL
Postulantes à condição de candidato do PSDB à Presidência, o
prefeito José Serra e o governador
Geraldo Alckmin se encontraram
ontem, reservadamente, na tentativa de costurar um acordo. Segundo tucanos, o escolhido dependerá do outro. E a intenção
era fechar um compromisso de
apoio mútuo antes da decisão.
Ontem, ao confirmar o encontro, antecedido pela troca de telefonemas na véspera, Alckmin disse que "foi uma boa conversa".
"Trocamos hoje [ontem] uma palavrinha com o prefeito", disse.
A Folha apurou que a conversa
foi considerada preliminar e que
outras estão previstas. Tucanos
dizem que ambos estão considerando todas as hipóteses, inclusive a possibilidade de Serra concorrer ao governo do Estado -a
possibilidade, porém, é considerada remota pelos serristas.
Apesar da pressão por uma decisão rápida, feita principalmente
pelo senador Tasso Jereissati
(CE), a expectativa de líderes tucanos é que a indefinição persista,
pelo menos, até a próxima semana. Os dois postulantes à candidatura devem pedir mais tempo para negociar.
Hoje, Tasso, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e o
governador de Minas, Aécio Neves, chegam a São Paulo em busca
de um entendimento.
Inauguração
Antes de se reunir com Serra,
Alckmin passou por um constrangimento na inauguração da
primeira siderúrgica da Gerdau
no Estado de São Paulo, em Araçariguama.
Em seu discurso, o prefeito Carlos Aymar, do PFL, listou os investimentos do governo federal
na cidade. Segundo ele, o governo
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva "apoiou em todas as áreas
em que foi solicitado para a implantação dessa unidade", incluindo R$ 12 milhões em investimentos em infra-estrutura nos últimos três anos.
A seguir, fez uma cobrança dirigida a Alckmin: "Balança a roseira
da Sabesp, governador. A Sabesp
[empresa do Estado] não está
cumprindo as regras que o senhor
determinou. Às vezes, as pessoas
têm carinho pelo senhor e não falam com o senhor".
Embora cobre mudanças na política tributária do governo federal, o presidente da siderúrgica,
Jorge Gerdau, elogiou o modelo
macroeconômico. "É um trabalho muito bom o do Lula, através
do ministro [Antonio] Palocci.
Deu estabilidade", afirmou.
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