São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 2006

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ELEIÇÕES 2006

Presidenciáveis se encontram para selar compromisso de apoio mútuo

Alckmin e Serra tentam fechar acordo

DA REPORTAGEM LOCAL

Postulantes à condição de candidato do PSDB à Presidência, o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin se encontraram ontem, reservadamente, na tentativa de costurar um acordo. Segundo tucanos, o escolhido dependerá do outro. E a intenção era fechar um compromisso de apoio mútuo antes da decisão.
Ontem, ao confirmar o encontro, antecedido pela troca de telefonemas na véspera, Alckmin disse que "foi uma boa conversa". "Trocamos hoje [ontem] uma palavrinha com o prefeito", disse.
A Folha apurou que a conversa foi considerada preliminar e que outras estão previstas. Tucanos dizem que ambos estão considerando todas as hipóteses, inclusive a possibilidade de Serra concorrer ao governo do Estado -a possibilidade, porém, é considerada remota pelos serristas.
Apesar da pressão por uma decisão rápida, feita principalmente pelo senador Tasso Jereissati (CE), a expectativa de líderes tucanos é que a indefinição persista, pelo menos, até a próxima semana. Os dois postulantes à candidatura devem pedir mais tempo para negociar.
Hoje, Tasso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas, Aécio Neves, chegam a São Paulo em busca de um entendimento.

Inauguração
Antes de se reunir com Serra, Alckmin passou por um constrangimento na inauguração da primeira siderúrgica da Gerdau no Estado de São Paulo, em Araçariguama.
Em seu discurso, o prefeito Carlos Aymar, do PFL, listou os investimentos do governo federal na cidade. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "apoiou em todas as áreas em que foi solicitado para a implantação dessa unidade", incluindo R$ 12 milhões em investimentos em infra-estrutura nos últimos três anos.
A seguir, fez uma cobrança dirigida a Alckmin: "Balança a roseira da Sabesp, governador. A Sabesp [empresa do Estado] não está cumprindo as regras que o senhor determinou. Às vezes, as pessoas têm carinho pelo senhor e não falam com o senhor".
Embora cobre mudanças na política tributária do governo federal, o presidente da siderúrgica, Jorge Gerdau, elogiou o modelo macroeconômico. "É um trabalho muito bom o do Lula, através do ministro [Antonio] Palocci. Deu estabilidade", afirmou.


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