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Outro lado
Partidarismo não é critério, diz secretaria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Secretaria da Aqüicultura e Pesca (Seap) afirma que
não há preocupação com a
influência de ligações político-partidárias nos convênios
que firmou em Santa Catarina porque esse "não é um critério utilizado".
A secretaria considera satisfatório o trabalho desempenhado pela Colônia de
Pescadores, pela Casa Familiar do Mar e pela Famasc
(federação de maricultores)
e informou que as prestações
de contas não foram enviadas ou estão "sob análise".
"Todos os projetos apoiados e realizados pela Seap
são precedidos de análise de
viabilidade técnica e de sua
sustentabilidade econômica,
social e ambiental", informou a assessoria por escrito.
Também são levados em
conta as "demandas históricas de comunidades da região" e a "importância" da
entidade no setor para firmar as parcerias.
A Seap lembrou ainda que
as entidades são beneficiadas porque são as destinatárias de emendas parlamentares -sem citar os deputados
do PT de Santa Catarina que
são os autores.
A secretaria também negou participação do ex-subsecretário de Desenvolvimento da pasta, hoje prefeito
de Laguna, nos convênios direcionados àquele município. "Os critérios são técnicos", disse o prefeito Célio
Antônio (PT). Segundo ele,
algumas das ligações citadas
pela reportagem fazem parte
da "natureza política", citando novamente a obrigação de
cumprir a destinação de
emendas parlamentares. "É
uma articulação política do
movimento social."
Obadias Barreiros disse à
reportagem que as perguntas
eram pautadas em "um preconceito contra o PT" e
"maldades". "Se eu tivesse
dinheiro, me elegia. Aqui, todos os que se elegeram compraram votos, isso é geral",
disse Barreiros, excetuando
o prefeito atual.
Os dirigentes da Famasc,
Maria das Graças Silva e Uri
Mafra, confirmaram a filiação partidária, mas negaram
favorecimentos por serem
do PT. Mafra disse que a Famasc agora funciona em uma
sala cedida da Universidade
Federal de Santa Catarina.
"Não tem conflito nenhum
porque foi uma situação provisória", disse Maria das Graças, sobre o uso do escritório
de Passos. Segundo ela, era
difícil receber correspondência em sua casa em Governador Celso Ramos (SC),
onde foi vereadora.
A assessoria de Passos disse que o porão do gabinete foi
adaptado e disponibilizado
como forma de apoiar um
movimento social.
A Folha não conseguiu localizar Emílio Kleber Gottschalk, da Cooperilha.
A Seap também informou
que os convênios são firmados com a Fundação da Universidade do Vale do Itajaí
porque é um "centro de referência".
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