São Paulo, terça-feira, 10 de março de 2009

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outro lado

Garibaldi diz que não foi consultado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Presidente do Senado até janeiro, quando foi dada a ordem para o pagamento das horas extras, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que não foi consultado sobre a medida e que iria tomar satisfação do senador Efraim Morais (DEM-PB). "Eu não estava sabendo. Realmente não sei como justificar isso", afirmou.
Para o senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa até janeiro, o que ocorreu "é muito grave". Ele disse que irá averiguar se os funcionários do seu gabinete pessoal foram beneficiados para tomar providências. "Isso não poderia ter ocorrido porque não houve trabalho extra em janeiro e não poderia ter havido pagamento", afirmou.
O segundo vice-presidente, Alvaro Dias (PSDB-PR), também criticou: "Se isso ocorreu é um absurdo. Não há justificativa para pagamento em mês de recesso. No meu gabinete, concedi férias a todos".
Efraim autorizou o pagamento de forma extraordinária sob a justificativa de que haveria a abertura do ano legislativo e a eleição da nova Mesa Diretora do Senado. Procurado desde a última sexta-feira pela Folha, ele não ligou de volta. O ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia também não foi localizado pela reportagem.
"A autorização é para o pagamento de hora extra no recesso parlamentar em face da realização do trabalho", disse o novo diretor-geral do Senado, José Alexandre Lima Gazineo. "Essa autorização [de pagamento de hora extra] é comum em recesso", completou.
A Secretaria de Imprensa do Senado admitiu o gasto de R$ 6,2 milhões e não explicou por que o valor lançado no Siafi (que registra os gastos públicos) foi maior (R$ 8 milhões), nem o motivo do pagamento por um mês em que não houve uma única sessão na Casa.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que substituiu Efraim na primeira-secretaria, disse que não tem responsabilidade pela decisão porque ela foi tomada na gestão anterior. Ele afirmou ainda que iria se inteirar do assunto com o novo diretor-geral da Casa para avaliar o caso.


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