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outro lado
Garibaldi diz que não foi consultado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Presidente do Senado
até janeiro, quando foi dada a ordem para o pagamento das horas extras, o
senador Garibaldi Alves
(PMDB-RN) disse que não
foi consultado sobre a medida e que iria tomar satisfação do senador Efraim
Morais (DEM-PB). "Eu
não estava sabendo. Realmente não sei como justificar isso", afirmou.
Para o senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa até
janeiro, o que ocorreu "é
muito grave". Ele disse
que irá averiguar se os funcionários do seu gabinete
pessoal foram beneficiados para tomar providências. "Isso não poderia ter
ocorrido porque não houve trabalho extra em janeiro e não poderia ter havido
pagamento", afirmou.
O segundo vice-presidente, Alvaro Dias (PSDB-PR), também criticou: "Se
isso ocorreu é um absurdo.
Não há justificativa para
pagamento em mês de recesso. No meu gabinete,
concedi férias a todos".
Efraim autorizou o pagamento de forma extraordinária sob a justificativa de que haveria a
abertura do ano legislativo
e a eleição da nova Mesa
Diretora do Senado. Procurado desde a última sexta-feira pela Folha, ele
não ligou de volta. O ex-diretor geral da Casa Agaciel
Maia também não foi localizado pela reportagem.
"A autorização é para o
pagamento de hora extra
no recesso parlamentar
em face da realização do
trabalho", disse o novo diretor-geral do Senado, José Alexandre Lima Gazineo. "Essa autorização [de
pagamento de hora extra]
é comum em recesso",
completou.
A Secretaria de Imprensa do Senado admitiu o
gasto de R$ 6,2 milhões e
não explicou por que o valor lançado no Siafi (que
registra os gastos públicos) foi maior (R$ 8 milhões), nem o motivo do
pagamento por um mês
em que não houve uma
única sessão na Casa.
O senador Heráclito
Fortes (DEM-PI), que
substituiu Efraim na primeira-secretaria, disse
que não tem responsabilidade pela decisão porque
ela foi tomada na gestão
anterior. Ele afirmou ainda que iria se inteirar do
assunto com o novo diretor-geral da Casa para avaliar o caso.
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