São Paulo, terça-feira, 10 de março de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

O futuro do capitalismo

Do "Financial Times", abrindo a série "O futuro do capitalismo", com textos dos "maiores políticos, pensadores e analistas financeiros do mundo":
- O modelo de livre mercado que dominou o pensamento por 30 anos foi desacreditado. O Estado está de volta aos negócios e a sobrevivência de uma economia mundial aberta está em questão. Para onde ir?
Para não deixar dúvidas, mais à frente:
- A fé na ideologia do livre mercado que dominou o pensamento ocidental por uma geração foi destruída. Mas o que pode - e deve - tomar seu lugar?
Editorial
e coluna de Martin Wolf abriram a série e ontem apareceu no alto da home o link "Lula da Silva": O futuro dos seres humanos é o que importa". Ele escreve de sua mãe, do sindicato de São Bernardo, para argumentar que, "para mim, o capitalismo nunca foi abstrato". E para indicar "o futuro do capitalismo" na recompensa à produção, não à especulação; sem protecionismo no comércio internacional; com um sistema democrático de governança global etc.




OBAMA VS. EUROPA
Na manchete do "Wall Street Journal" de papel, atenção ao G20 a cúpula de ricos e emergentes que pode definir "o futuro do capitalismo", dia 2 em Londres. O jornal diz que os EUA vão "pressionar por aumento no gasto dos governos, para levantar a economia global" o que pode causar racha com europeus "mais atentos a remontar a regulação financeira".

DÓLAR VS. MUNDO
Na manchete do "New York Times" de papel, "Dólar em alta levanta EUA, mas soma à crise no exterior". Ou seja, "no mundo tomado pela ansiedade, o lugar que mais atrai dinheiro é, perversamente, o que iniciou o problema". Isso empurra "todos os países exportadores" ao risco de colapso cambial, mas evita "ajustes muito mais duros nos EUA, à beira do precipício".


cnbc.com

O PRECIPÍCIO
O bilionário investidor americano Warren Buffett leu o "NYT" de ontem e, ao longo de três horas de conversa na CNBC , pela manhã, proclamou que a economia "caiu de um penhasco" nos últimos seis meses. Ecoou mundo afora, até o "China Daily", derrubando Bolsas.




THE NEW RED
A série sobre "o futuro do capitalismo" é parte de uma guinada do "FT", que incluiu um perfil do filósofo marxista Slavoj Zizek, para quem "a crise matou a utopia liberal que floresceu após o fim da União Soviética". Ele antevê o "colapso" de São Paulo, já "em mutação para uma versão de 'Blade Runner'".

ANTI-NOURIEL ROUBINI
O site RGE Monitor foi celebrizado por Nouriel Roubini com oráculos como, no enunciado de ontem, "Quanto mais podem cair as Bolsas? Muito mais". Mas o site traz análises menos apocalípticas nos textos também destacados de Vitoria Saddi, a economista-chefe para América Latina, oriunda de FGV-SP e Universidade da Califórnia. Ontem, avaliou que "a dinâmica da dívida do setor público do Brasil está em melhor situação que em toda a sua história recente". Em outro texto, apontou até "um leve alívio no ritmo de contração".

OBAMA QUER TUPI
Ontem no espanhol "El País", atento às negociações em andamento entre EUA e Brasil, "Obama quer o petróleo de Lula". Como destacado pela BBC Brasil, a ideia é "pôr fim à sua dependência energética da Venezuela".

BRASIL QUER DOHA
Em despacho da Reuters postado por "Guardian" e outros, o Brasil defendeu ontem na OMC, em Genebra, que "as atuais propostas" para a Rodada Doha sejam mantidas. Foi para "refutar" a pressão dos EUA, dias atrás.

DE REPENTE, DEFLAÇÃO
Nas manchetes de sites como a Folha Online e portais como o Terra, a "indústria brasileira vê o PIB próximo de zero e as vendas no vermelho em 2009". Já o site da Reuters Brasil, sobre a indústria, dedicou a submanchete para uma outra notícia _de que o "setor automotivo melhora sobre janeiro, mas tomba ante 2008". E selecionou, para a manchete ao longo do dia, "IGP-DI surpreende com deflação em fevereiro".

Stephen Crowley/nytimes.com
O presidente com jornalistas em sua primeira exclusiva para o "NYT" depois de eleito, na capa de anteontem

OBAMA E OS JORNAIS
Na entrevista do "NYT" com Obama, no fim de semana, ele contou como se informa. "Leio a maioria dos grandes jornais de âmbito nacional." Em recortes ou no papel? "Não, leio no papel. Eu gosto da sensação de um jornal." Mais à frente, "eu raramente leio blogs".



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