|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Radicais do PT e oposição fazem críticas a reajuste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do governo sobre o
reajuste do funcionalismo foi
duramente criticada por líderes da oposição na Câmara,
sindicalistas e por deputados
radicais do PT.
Luciana Genro (PT-RS) considerou o índice "abusivo". Segundo ela, que integra a tendência Movimento Esquerda
Socialista, é justo que quem ganha menos tenha um reajuste
maior, mas o acréscimo concedido está muito aquém da reposição da inflação do último ano e das perdas salariais dos
últimos oito anos.
Lindberg Farias (PT-RJ) afirmou que sente uma revolta
muito grande nas entidades ligadas ao funcionalismo. De
acordo com ele, o problema do
governo é que a política do ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) privilegia o FMI
(Fundo Monetário Internacional) e os banqueiros.
O líder do PSDB, Jutahy Jr.
(BA), disse que o "reajuste Malba Tahan" [autor do clássico
"O Homem que Calculava"],
que precisa de uma série de fórmulas matemáticas para ser explicado, frustrou a grande maioria dos servidores. Jutahy
declarou ainda que não adianta
culpar o governo FHC, porque
quem teria feito o Orçamento
deste ano foi a equipe de transição petista.
O líder do PFL, José Carlos
Aleluia (BA), afirmou que o governo nem sequer se preocupa
em repor o poder de compra
dos servidores e conta com a
passividade do sindicalismo
oficial. "Estamos assistindo a
cem dias de contradição."
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse
que o PT poderia "ter feito um
esforço maior" para que o reajuste fosse superior. "Esse percentual é muito pouco porque
a inflação deste ano já superou
os 10%", disse.
O líder do PT, Nelson Pellegrino (BA), disse que o governo
deu o reajuste possível, considerando o Orçamento que recebeu do governo anterior.
Para Edvaldo Rosa, coordenador-geral da Fasubra, entidade que representa 150 mil
funcionários da universidades
federais, que participou das negociações dos servidores federais com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, o reajuste beneficiou a categoria,
que não recebe aumento há
mais de oito anos, apesar de ter
havido quebra na expectativa
em relação ao percentual.
O representante da AssIBGE-Sindicato Nacional (entidade
sindical dos trabalhadores do
IBGE), Paulo Dill, que também
participou da negociação, disse
achar que a categoria ficará indignada com o reajuste de 1%.
Texto Anterior: Ontem e hoje Próximo Texto: Frases Índice
|