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Falta de recurso
afeta programa
de empregos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os secretários do Trabalho de
Minas Gerais e do Rio de Janeiro
informaram ontem que, com o
corte de verbas feito pelo Ministério do Trabalho no Plano Nacional de Emprego, terão de fechar
alguns postos de atendimento.
"A situação é gravíssima. Há a
possibilidade de fechar muitas
agências do Sine [Sistema Nacional de Emprego]. O ministro [Jaques Wagner] está sensibilizado,
mas a situação econômica é desfavorável", disse Marco Antônio
Lucidi, do Rio. "Minas terá de fechar alguns dos seus 81 postos do
Sine. Com uma mão o governo fala em Primeiro Emprego e com
outra retém recursos", afirmou
João Leite, de Minas.
Ontem, a menos de um mês do
lançamento do programa Primeiro Emprego, o governo informou
aos secretários de 22 Estados que
manterá o bloqueio de 58% da
verba do plano nacional. Apesar
do bloqueio dos recursos, reduzidos de R$ 119 milhões para R$ 69
milhões, o ministro pediu apoio
dos Estados para o programa.
Por meio do plano nacional, os
Estados financiam as agências do
Sine. Nesses postos os desempregados que procuram trabalho são
encaminhados às vagas disponíveis e recebem informações sobre
o seguro-desemprego. O dinheiro
também financia centros de busca de emprego mantidos pelas
centrais sindicais.
Os representantes dos Estados
desembarcaram em Brasília para
pedir a liberação dos recursos.
Eles entregaram uma carta a
Wagner solicitando a liberação do
dinheiro e informando sobre o fechamento de agências.
Francisco Prado, de São Paulo,
disse que as agências do Estado
não serão fechadas. Segundo ele,
no pior cenário, será reduzido o
número de funcionários.
O secretário de Políticas Públicas de Emprego, Remígio Todeschini, afirmou que o "ministério
está empenhado no desbloqueio
da verba para garantir a continuidade dos programas".
(GABRIELA ATHIAS)
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