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São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2003

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Mercadante proporá "novas bases" ao FMI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Congresso, anunciou que proporá "novas bases" para o relacionamento do país com o Fundo Monetário Internacional.
Mercadante quer incluir sua proposta, a ser apresentada hoje, nas discussões sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias, com os princípios para o Orçamento de 2004) e o PPA (Plano Plurianual, com as metas do governo para os próximos quatro anos), que entrarão na pauta do Congresso a partir deste mês.
O senador não adiantou detalhes, mas confirmou o óbvio: o objetivo é reavaliar critérios para as metas fiscais, coração de qualquer acordo entre o FMI e os países endividados.
Para este ano, o Brasil está comprometido com uma meta de superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), ou R$ 68 bilhões.
Desde a eleição de Lula, já circularam entre os petistas algumas idéias para alterar os parâmetros do acordo com o Fundo: falou-se em propor a exclusão de gastos sociais do cálculo do superávit e em fixar uma regra pela qual o aperto das contas públicas seria abrandado em momentos de estagnação econômica.
A preocupação de Mercadante é mais um sinal de que o governo cogita prorrogar o acordo com o Fundo, que expira em setembro.
Mercadante expôs ontem aos deputados petistas o que considera ser um grau de divergência aceitável em relação às decisões do Executivo. E sugeriu que, para os mais rebeldes, a saída pode ser uma "separação amigável".
"Criticar a política econômica pode. Apresentar alternativas pode. Desqualificar companheiros que estão em posições estratégicas do governo não é possível."
Ao lado da ex-deputada Maria da Conceição Tavares (PT-RJ), Mercadante falou em uma reunião fechada da bancada na Câmara que discutiu a política econômica do governo.


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