São Paulo, sábado, 10 de abril de 2004 |
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PAINEL Azucrinou, levou O governo vai liberar mais R$ 400 mi para a reforma agrária, totalizando R$ 2,1 bi desde que o MST decretou o "abril vermelho" e Lula afirmou que não faria reforma agrária no grito. Causa própria A gritaria do líder do PP na Câmara, Pedro Henry (MG), com o Planalto tem um motivo concreto: a nomeação de um afilhado político para o Incra em sua região eleitoral, cargo do qual o PT não quer abrir mão. Cobertor curto Além dos governadores, a Previdência também está apreensiva com o impacto sobre a folha de benefícios de um aumento maior para os servidores, como promete o governo federal. O cálculo é de R$ 101 mi para cada real de aumento. Mas há quem fale em até R$ 140 mi. Tijolo que faltava 1 Convencido de que a queda de popularidade do presidente Lula deve-se mais ao desemprego do que ao caso Waldomiro Diniz, o governo deve anunciar nas próximas semanas novas medidas de estímulo ao setor da construção civil, que emprega muita mão-de-obra. Tijolo que faltava 2 Junto com as medidas para reaquecer a construção civil, a Fazenda planeja lançar um pacote de estímulo à poupança de longo prazo. É de onde sai o dinheiro para as obras. Para as câmeras Em meio a boatos sobre nova dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios, uma das sugestões do presidente Lula a Humberto Costa, em luta para se manter à frente da Saúde, é visitar de surpresa filas de hospitais. Loucos por reunião O gosto dos petistas por comissões é insaciável. Acaba de ser criada mais uma, para discutir as causas da violência doméstica contra a mulher. Batata quente Preocupado com o "fundamentalismo ecológico", o Planalto negocia para tentar resolver o contencioso ambiental que estaria emperrando obras prioritárias. Com o Ministério Público, o governo pisará em ovos. Com o Ibama, poderá buscar soluções heterodoxas. Gosto de jiló O litígio envenena também a relação do Planalto com meia dúzia de governadores. "É evidente que é preciso preservar o meio ambiente. Mas a nossa legislação para o setor já é bastante exigente, não precisa chegar a esses exageros", afirma Paulo Souto, da Bahia. Bomba zero O governo elaborou um discurso para enfrentar o bombardeio americano ao programa nuclear: enfatizar o emprego "limpo" da radiação, como ocorre na fruticultura e no tratamento de doenças. Rebelião na base Diretórios municipais do PMDB paulistano iniciaram o ataque à candidatura de Michel Temer a prefeito da capital. Inclinados a apoiar Marta Suplicy já no primeiro turno, 23 deles assinaram documento pedindo reunião com Orestes Quércia. Sigam os líderes A exemplo de José Serra em São Paulo e Aloysio Nunes em São José do Rio Preto, os deputados Luiz Carlos Hauly, do Paraná, e Antonio Carlos Pannunzio, presidente do PSDB paulista, também serão instados a disputar as prefeituras de Londrina (PR) e Sorocaba (SP). Dois coelhos O PDT pretende utilizar a campanha de Paulinho a prefeito de São Paulo para fustigar Lula. O foco dos ataques será o desemprego. A região metropolitana da capital paulista concentra os piores índices na área. TIROTEIO Do filósofo Roberto Romano, sobre a defesa da "Lei da Mordaça" feita por membros do governo federal uma vez revelado trecho de diálogo entre o subprocurador José Roberto Santoro e Carlinhos Cachoeira: -É resquício de stalinismo, reação típica de pessoas formadas com perspectiva autoritária. Quando enfrentam dificuldade na democracia, falam em golpe. CONTRAPONTO Discurso combativo Um dos debates que marcaram a passagem dos quarenta
anos do golpe militar foi realizado na Universidade Federal do
Rio de Janeiro e teve entre os
participantes João Pedro Stedile,
coordenador nacional do MST. |
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