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Serra detém saída de alckmista da prefeitura
Coordenador de Segurança Urbana, coronel Alberto Silveira Rodrigues teria a sua exoneração anunciada no sábado
O policial militar trabalhou no governo Alckmin e já se reuniu com o pré-candidato tucano em SP para discutir programa de governo
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra, teve que agir ontem
para debelar uma crise com potencial explosivo: a saída de um
alckmista da Prefeitura de São
Paulo. Segundo a Folha apurou, o coordenador de Segurança Urbana, coronel Alberto
Silveira Rodrigues, teria sua
exoneração anunciada no sábado, no "Diário Oficial".
Mas, na noite de ontem, negociou sua permanência no
cargo. O chefe da Casa Civil,
Aloysio Nunes Ferreira, atuou
para conter a crise, que poderia
se agravar caso os subordinados pedissem demissão em solidariedade ao coronel Alberto.
Ligado ao ex-secretário de
Segurança Saulo de Castro
Abreu Filho, coronel Alberto
teria entregado o cargo no fim
da tarde de terça, em conversa
com o secretário de Governo da
prefeitura, Clóvis Carvalho.
Ele também teria discutido
sua exoneração com o coordenador de Gestão Integrada, Edsom Ortega. Pela estratégia, o
coronel Alberto deixaria hoje
sua função, mas a saída só seria
oficializada no sábado.
Segundo tucanos, coronel
Alberto e Ortega costumam divergir. Essa incompatibilidade
seria uma das causas da exoneração, mas, como é associado à
ala alckmista, a demissão ganharia coloração política.
Saulo já está escalado como
um dos coordenadores de programa da campanha do ex-governador Geraldo Alckmin à
prefeitura. Há cerca de um
mês, levou coronel Alberto para se reunir com Alckmin -ele
teria se comprometido a colaborar com a campanha.
Ontem, quando alckmistas já
atribuíam sua possível exoneração à retaliação política e ele
esvaziava suas gavetas, o coronel recebeu, segundo aliados,
apelos do Palácio dos Bandeirantes para ficar no cargo. A
motivação não seria só política.
Segundo tucanos, Serra elogia
o desempenho de coronel Alberto. Na prefeitura, o secretário Andrea Matarazzo (Coordenação de Subprefeituras)
também defende sua atuação.
Comandante-geral da PM na
gestão Alckmin, o coronel colaborou com o programa de governo do PSDB em 2004. Foi
nomeado por Serra. A prefeitura disse desconhecer a hipótese
de exoneração. "Já me tiraram
daqui umas cem vezes", desconversou o coronel.
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