São Paulo, sábado, 10 de abril de 2010

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Questionários de institutos geram polêmica

DA REDAÇÃO

A ordem das perguntas nos questionários de pesquisas e sua possível influência nos resultados vem gerando uma polêmica que envolve os institutos e é tema de discussões na internet.
O Instituto Sensus é questionado por pedir que o entrevistado avalie o governo Lula antes de declarar em quem pretende votar para presidente.
Dada a alta aprovação de Lula, o entrevistado poderia se sentir compelido a declarar voto na candidata petista, dizem os críticos.
Ricardo Guedes, sócio e diretor do Sensus, afirma que o questionário seguiu "critérios acadêmicos". "A metodologia que a gente usa é academicamente legítima, com suporte na literatura."
Os institutos Datafolha e Ibope abrem a pesquisa perguntando em quem o eleitor pretende votar para presidente, para depois pedir que ele avalie o governo.
O diretor do Sensus diz que o Datafolha já incluiu perguntas antes de pedir que o entrevistado aponte o candidato. Ele citou uma pesquisa feita no Rio Grande do Sul, no final de março. Tratava-se de uma pergunta que questionava o interesse dos eleitores pela eleição de um modo geral, e não de uma avaliação de governo.
No caso do Vox Populi, antes de inquirir sobre a intenção do voto, o instituto apresentou no questionário de sua última pesquisa perguntas sobre o conhecimento prévio do eleitor quanto aos pré-candidatos.
Para João Francisco Meira, diretor-presidente do Vox Populi, perguntar sobre o conhecimento dos pré-candidatos antes que ele responda a intenção de voto "não faz diferença alguma no resultado final" da consulta.
"Eu quero saber qual o percentual dos eleitores que nunca ouviu falar de Marina Silva, de Dilma Rousseff, de José Serra ou de Ciro Gomes. Porque quem nunca ouviu falar de um candidato raramente vai declarar voto nele", disse Meira.


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