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Questionários de institutos geram polêmica
DA REDAÇÃO
A ordem das perguntas
nos questionários de pesquisas e sua possível influência
nos resultados vem gerando
uma polêmica que envolve os
institutos e é tema de discussões na internet.
O Instituto Sensus é questionado por pedir que o entrevistado avalie o governo
Lula antes de declarar em
quem pretende votar para
presidente.
Dada a alta aprovação de
Lula, o entrevistado poderia
se sentir compelido a declarar voto na candidata petista,
dizem os críticos.
Ricardo Guedes, sócio e diretor do Sensus, afirma que o
questionário seguiu "critérios acadêmicos". "A metodologia que a gente usa é academicamente legítima, com
suporte na literatura."
Os institutos Datafolha e
Ibope abrem a pesquisa perguntando em quem o eleitor
pretende votar para presidente, para depois pedir que
ele avalie o governo.
O diretor do Sensus diz
que o Datafolha já incluiu
perguntas antes de pedir que
o entrevistado aponte o candidato. Ele citou uma pesquisa feita no Rio Grande do Sul,
no final de março. Tratava-se
de uma pergunta que questionava o interesse dos eleitores pela eleição de um modo geral, e não de uma avaliação de governo.
No caso do Vox Populi, antes de inquirir sobre a intenção do voto, o instituto apresentou no questionário de
sua última pesquisa perguntas sobre o conhecimento
prévio do eleitor quanto aos
pré-candidatos.
Para João Francisco Meira, diretor-presidente do Vox
Populi, perguntar sobre o conhecimento dos pré-candidatos antes que ele responda
a intenção de voto "não faz
diferença alguma no resultado final" da consulta.
"Eu quero saber qual o
percentual dos eleitores que
nunca ouviu falar de Marina
Silva, de Dilma Rousseff, de
José Serra ou de Ciro Gomes.
Porque quem nunca ouviu
falar de um candidato raramente vai declarar voto nele", disse Meira.
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