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PERFIL
Assessora da Saúde teve passagem de 3 meses pela Planam
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O currículo que garantiu o
cargo de assessora especial do
ministro da Saúde à mineira
Maria da Penha Lino, 52, registrava como última ocupação o
posto de consultora de projetos
da Planam, empresa apontada
como principal peça do esquema de fraude em licitações e
venda superfaturada de unidades móveis de saúde.
Maria da Penha -que não
completou curso superior, mas
tem conhecimento "especializado" sobre o Sistema Único de
Saúde- ficou na empresa três
meses. Em seguida, foi admitida como assessora especial do
gabinete do então ministro Saraiva Felipe (PMDB-MG), para
acompanhar convênios com os
municípios. Segundo a Polícia
Federal, ela defendia no ministério os interesses da Planam
na liberação de verbas públicas
para a compra de ambulâncias
superfaturadas. A assessora teve a exoneração publicada no
"Diário Oficial" na sexta-feira,
um dia depois de ser presa.
A origem da indicação de
Maria da Penha para o cargo
no governo é controversa. O
ex-ministro Saraiva Felipe disse que, ao nomeá-la, aceitou o
"pedido insistente" do deputado José Divino (PMDB-RJ), de
quem ela foi secretária parlamentar. Divino sugeriu que ela
seria próxima do ex-ministro
da Saúde -que não foi localizado ontem para comentar a
declaração.
(MARTA SALOMON)
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