São Paulo, segunda, 10 de maio de 1999

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Ministério Público espera a confirmação de depoimentos

da Sucursal de Brasília

O Ministério Público Federal em Brasília estuda processar o ministro Pedro Malan com base na Lei de Improbidade Administrativa.
Para que a decisão seja concretizada, o Ministério Público depende da confirmação oficial, por parte da Polícia Federal, de que Malan sabia da operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam.
As penas previstas na lei são: ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por um período de três a cinco anos, pagamento de multa e proibição de firmar contratos com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais por três anos.
Procuradores do Ministério Público Federal em Brasília também irão entrar com uma ação judicial para tentar anular as medidas tomadas pelo BC em relação ao Marka e ao FonteCindam. O socorro aos bancos Marka e FonteCindam resultou em prejuízo de R$ 1,567 bilhão para o Tesouro.
No início de abril, o Ministério Público em Brasília aceitou representação do Sindicato dos Bancários de São Paulo e dos deputados Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini, ambos do PT paulista, para que fosse investigadas suspeitas envolvendo a desvalorização do real, em janeiro passado.
Entre as acusações contidas na representação está a de que o Marka e o FonteCindam foram beneficiados irregularmente com a venda de dólares, no mercado futuro, a preços menores que os praticados no mercado.
Os procuradores da República Guilherme Schelb, Valquíria Oliveira Quixadá Nunes e Luiz Francisco de Souza, responsáveis pela ação, estudavam processar somente o presidente do BC à época da operação, Francisco Lopes, e os dirigentes do Marka e FonteCindam. Agora, incluíram o nome do ministro Pedro Malan.
(LUCAS FIGUEIREDO)



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