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Rocha Mattos é condenado a mais 8 anos de reclusão
É a 4ª sentença contra o juiz, acusado de ligação com venda de decisões judiciais
Mattos acumula penas de 18 anos, mas ainda cabem recursos; entre os crimes estão peculato, falsidade ideológica e prevaricação
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz federal João Carlos da
Rocha Mattos foi condenado a
mais oito anos e cinco meses de
prisão, em regime fechado, pelos crimes de falsidade ideológica, peculato e prevaricação.
Os fatos foram apurados durante a Operação Anaconda.
Esta é a quarta condenação do
juiz pelo Tribunal Regional Federal. Ele acumula penas de 18
anos e nove meses. Cabem recursos contra as decisões.
O ex-agente da Polícia Federal César Hermann Rodriguez
foi condenado a sete anos e
meio de prisão. Ele estava em
liberdade e saiu preso.
Rocha Mattos e César Hermann foram absolvidos, por
unanimidade, da denúncia de
corrupção. O Ministério Público Federal não provou denúncia de venda de sentença baseada em gravações.
Com a ajuda de Hermann, o
juiz falsificou o Imposto de
Renda para ocultar aquisição
de bens sem origem comprovada. A condenação por peculato
baseou-se no desvio de arma
apreendida em processo judicial. O juiz foi acusado de prevaricação por causa de telefonema em que pergunta se o advogado Sérgio Chiamarelli Júnior gostara da sentença que
proferiu, absolvendo-o.
O advogado do juiz, Antônio
Celso Galdino Fraga, vai requisitar a transcrição das notas taquigráficas e impetrar habeas
corpus no Superior Tribunal de
Justiça com base nas divergências dos votos. Pedirá o trancamento da ação, por atipicidade
das condutas imputadas ao
juiz. "Estou tranqüilo", diz. Pelo MPF, atuou a procuradora da
República Janice Ascari.
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