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Erro em grampo levou a prisão
de engenheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 18 de maio de 2004, o
engenheiro civil Hugo Sterman Filho deixou a carceragem da Polícia Federal de
São Paulo sem saber por que
havia entrado. Sua prisão,
como a Justiça reconheceu
no final de 2007, foi um erro
-um dos mais clamorosos
em operações da PF no país.
Sterman Filho foi confundido com outro Hugo citado
em interceptações telefônicas feitas com ordem judicial
no decorrer da Operação
Anaconda, em 2003, que investigava suposta venda de
sentenças na Justiça Federal
de São Paulo. A polícia, o Ministério Público e o Judiciário demoraram onze longos
dias para reconhecer os protestos dos advogados de
Sterman Filho, que desde o
início alegaram erro judicial.
Cópia do processo que trata do erro foi entregue à CPI
do Grampo, em Brasília, pelo
advogado Alberto Toron.
Em 2007, Sterman Filho
obteve uma indenização de
R$ 550 mil da União.
Aparentemente, segundo
as explicações feitas pela PF
e pelo Ministério Público no
processo em que o engenheiro pediu a indenização, o
problema ocorreu quando
um grupo de policiais esteve
na empresa sob investigação
e um "porteiro", até agora
não identificado, teria informado que Sterman Filho era
sócio da empresa, relação
que nunca existiu.
A partir dessa menção em
um único relatório de inteligência, de outubro de 2003,
houve uma série de omissões
e descontroles que culminaram na prisão de Sterman Filho seis meses depois.
(RV)
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