São Paulo, Segunda-feira, 10 de Julho de 2000
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PANORÂMICA


ELEIÇÕES/SP
Alckmin afirma que FHC não vai tomar parte em sua campanha à prefeitura

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido, não vai participar de sua campanha eleitoral.
"O presidente não tem que participar de campanha, o presidente é chefe de Estado. Mas ele já declarou que vota em São Paulo e que seu voto é tucano. Isso é suficiente", afirmou Alckmin, que aparece com 4% na última pesquisa Datafolha.
Em compensação, os ministros do PSDB deverão ajudar o candidato.
"Os ministros já estão participando e vão participar (da campanha)", declarou Alckmin, que participou, ontem à tarde, do Festival das Estrelas, tradicional evento de rua promovido pela comunidade japonesa no bairro da Liberdade.
O candidato não demonstrou preocupação com os baixos índices de aprovação de FHC.
"O governo tem aspectos positivos e dificuldades. Isso é normal. Ser do governo ou não não vai ser fator decisivo na campanha", disse.
Alckmin afirmou que o apoio do governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), vai ajudar em sua campanha.
Covas disse que seu apoio "atrapalha" a candidatura do tucano, que é também o vice-governador. O motivo seria a baixa popularidade do governo.
"O governador Covas ajuda e vai participar da campanha quando quiser. Popularidade é transitória, mas credibilidade, que ele tem, é o mais importante", disse.
(DA REPORTAGEM LOCAL)


ELEIÇÕES/SP
Erundina quer voto de nordestinos


A candidata à Prefeitura de São Paulo Luiza Erundina (PSB) pediu ontem o voto dos nordestinos que moram em São Paulo, enquanto fazia campanha pela zona leste. "Aqui é onde se concentra a família nordestina de São Paulo", afirmou, se referindo ao quase 1 milhão de nordestinos que vive na cidade.
"Sou uma nordestina em São Paulo e uma paulista no Nordeste", disse, acompanhada do governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), que chamava os "conterrâneos" para participarem, próximo à avenida Nordestina.
Erundina apresentava seu vice, Emerson Kapaz (PPS), como "jovem empresário". "Sou a candidata dos pobres, mas também dos ricos", afirmou. (DA REPORTAGEM LOCAL)

ELEIÇÕES
Porto Alegre e Santos têm "3º turno" de 96

Em algumas grandes cidades brasileiras, as eleições deste ano são quase "terceiros turnos" da disputa municipal anterior, de 1996. É o caso de Porto Alegre (RS) e Santos (SP).
Na capital gaúcha, os partidos de oposição estão utilizando a mesma estratégia adotada em 96 para tentar romper a hegemonia do PT na prefeitura: colocar vários candidatos na disputa para conseguir uma soma de votos e, depois, unir forças em um segundo turno.
Nos debates e programas de rádio e TV, todos os partidos devem atacar o ex-prefeito petista Tarso Genro. Se Genro for eleito, será o quarto mandato seguido do PT.
O candidato no qual a oposição deposita mais esperanças é o deputado federal, ex-prefeito e ex-governador Alceu Collares (PDT), cujo partido, curiosamente, é aliado do PT no governo estadual. Ele, porém, se diz "anti-petista".
Em Santos, os candidatos que disputaram o segundo turno da última eleição também são os dois mais bem colocados na última pesquisa Datafolha -a deputada federal e ex-prefeita Telma de Souza (PT, 50%) e o atual prefeito, Beto Mansur (PPB, 23%).
(DA AGÊNCIA FOLHA)

ELEIÇÕES/PR
Dois irmãos de Requião vão sair em Curitiba

Dois irmãos do senador Roberto Requião (PMDB-PR) vão disputar a eleição para a Prefeitura de Curitiba na tentativa de derrotar o atual prefeito, Cassio Taniguchi, candidato à reeleição pelo PFL.
Nas pesquisas de intenção de voto, o senador aparecia como o candidato mais forte para enfrentar o prefeito da cidade. Na penúltima pesquisa do Datafolha, tinha 36% contra 44% de Taniguchi.
Com a decisão do senador de não disputar a eleição, Maurício Requião (PMDB), 45, e Eduardo Requião (PDT), 57, lançaram as candidaturas e prometem uma campanha intensiva e crítica contra o prefeito, que integra o grupo político do governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL).
O senador vai coordenar pessoalmente a campanha de Maurício, seu irmão mais novo, que é ex-deputado federal e coordenador do Diretório Municipal do PMDB em Curitiba.
Na última pesquisa publicada pelo Datafolha, Maurício aparece em segundo lugar, com 10% das intenções de voto. Eduardo vem logo a seguir, com 9%. O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, continua na liderança, com 44%.
(DA AGÊNCIA FOLHA)

ELEIÇÕES/BH
PT teme que ausência do 13 afete vereadores


O PT não terá candidato próprio em Belo Horizonte pela primeira vez desde 1985, quando ocorreu a primeira eleição direta para prefeito das capitais após o regime militar.
Com isso, o 13 e a estrela, número e símbolo do partido, não serão veiculados na campanha majoritária.
O temor petista é que esse fato tenha desdobramentos na eleição de vereadores.
O PT coligou-se ao PSB, que tem o prefeito Célio de Castro como candidato à reeleição. O número que vai aparecer nas peças de campanha eleitoral e no horário gratuito no rádio e na TV será o 40.
Por isso, o PT decidiu não se coligar com os partidos de esquerda na eleição proporcional (vereadores). Vai lançar chapa própria. Assim, durante três dias da semana, o partido terá três minutos do horário eleitoral para apresentar o 13, a estrela petista e os seus 56 candidatos a vereador.
"Vamos ter de fazer uma campanha específica, própria para o PT. Sem a mística do PT, o vereador não se elege, isso faz parte da nossa cultura", disse Nilmário Miranda, deputado federal e presidente municipal da legenda.
(DA AGÊNCIA FOLHA)


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