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PANORÂMICA
ELEIÇÕES/SP
Alckmin afirma que FHC não vai tomar parte em sua campanha à prefeitura
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que o presidente Fernando Henrique
Cardoso, do mesmo partido,
não vai participar de sua campanha eleitoral.
"O presidente não tem que
participar de campanha, o presidente é chefe de Estado. Mas ele
já declarou que vota em São
Paulo e que seu voto é tucano.
Isso é suficiente", afirmou Alckmin, que aparece com 4% na última pesquisa Datafolha.
Em compensação, os ministros do PSDB deverão ajudar o
candidato.
"Os ministros já estão participando e vão participar (da campanha)", declarou Alckmin, que
participou, ontem à tarde, do
Festival das Estrelas, tradicional
evento de rua promovido pela
comunidade japonesa no bairro
da Liberdade.
O candidato não demonstrou
preocupação com os baixos índices de aprovação de FHC.
"O governo tem aspectos positivos e dificuldades. Isso é normal. Ser do governo ou não não
vai ser fator decisivo na campanha", disse.
Alckmin afirmou que o apoio
do governador de São Paulo,
Mário Covas (PSDB), vai ajudar
em sua campanha.
Covas disse que seu apoio
"atrapalha" a candidatura do tucano, que é também o vice-governador. O motivo seria a baixa
popularidade do governo.
"O governador Covas ajuda e
vai participar da campanha
quando quiser. Popularidade é
transitória, mas credibilidade,
que ele tem, é o mais importante", disse.
(DA REPORTAGEM LOCAL)
ELEIÇÕES/SP
Erundina quer voto de nordestinos
A candidata à Prefeitura de
São Paulo Luiza Erundina
(PSB) pediu ontem o voto dos
nordestinos que moram em
São Paulo, enquanto fazia
campanha pela zona leste.
"Aqui é onde se concentra a família nordestina de São Paulo", afirmou, se referindo ao
quase 1 milhão de nordestinos
que vive na cidade.
"Sou uma nordestina em
São Paulo e uma paulista no
Nordeste", disse, acompanhada do governador de Alagoas,
Ronaldo Lessa (PSB), que chamava os "conterrâneos" para
participarem, próximo à avenida Nordestina.
Erundina apresentava seu
vice, Emerson Kapaz (PPS),
como "jovem empresário".
"Sou a candidata dos pobres,
mas também dos ricos", afirmou.
(DA REPORTAGEM LOCAL)
ELEIÇÕES
Porto Alegre e
Santos têm
"3º turno" de 96
Em algumas grandes cidades brasileiras, as eleições deste ano são quase "terceiros turnos" da disputa municipal anterior, de 1996. É o caso de Porto Alegre (RS) e Santos (SP).
Na capital gaúcha, os partidos de oposição estão utilizando a mesma estratégia adotada
em 96 para tentar romper a hegemonia do PT na prefeitura:
colocar vários candidatos na
disputa para conseguir uma
soma de votos e, depois, unir
forças em um segundo turno.
Nos debates e programas de
rádio e TV, todos os partidos
devem atacar o ex-prefeito petista Tarso Genro. Se Genro for
eleito, será o quarto mandato
seguido do PT.
O candidato no qual a oposição deposita mais esperanças
é o deputado federal, ex-prefeito e ex-governador Alceu
Collares (PDT), cujo partido,
curiosamente, é aliado do PT
no governo estadual. Ele, porém, se diz "anti-petista".
Em Santos, os candidatos
que disputaram o segundo
turno da última eleição também são os dois mais bem colocados na última pesquisa
Datafolha -a deputada federal e ex-prefeita Telma de Souza (PT, 50%) e o atual prefeito,
Beto Mansur (PPB, 23%).
(DA AGÊNCIA FOLHA)
ELEIÇÕES/PR
Dois irmãos de
Requião vão sair
em Curitiba
Dois irmãos do senador Roberto Requião (PMDB-PR)
vão disputar a eleição para a
Prefeitura de Curitiba na tentativa de derrotar o atual prefeito, Cassio Taniguchi, candidato à reeleição pelo PFL.
Nas pesquisas de intenção
de voto, o senador aparecia como o candidato mais forte para enfrentar o prefeito da cidade. Na penúltima pesquisa do
Datafolha, tinha 36% contra
44% de Taniguchi.
Com a decisão do senador
de não disputar a eleição,
Maurício Requião (PMDB),
45, e Eduardo Requião (PDT),
57, lançaram as candidaturas e
prometem uma campanha intensiva e crítica contra o prefeito, que integra o grupo político do governador do Paraná,
Jaime Lerner (PFL).
O senador vai coordenar
pessoalmente a campanha de
Maurício, seu irmão mais novo, que é ex-deputado federal e
coordenador do Diretório Municipal do PMDB em Curitiba.
Na última pesquisa publicada pelo Datafolha, Maurício
aparece em segundo lugar,
com 10% das intenções de voto. Eduardo vem logo a seguir,
com 9%. O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, continua
na liderança, com 44%.
(DA AGÊNCIA FOLHA)
ELEIÇÕES/BH
PT teme que
ausência do 13
afete vereadores
O PT não terá candidato
próprio em Belo Horizonte pela primeira vez desde 1985,
quando ocorreu a primeira
eleição direta para prefeito das
capitais após o regime militar.
Com isso, o 13 e a estrela,
número e símbolo do partido,
não serão veiculados na campanha majoritária.
O temor petista é que esse
fato tenha desdobramentos na
eleição de vereadores.
O PT coligou-se ao PSB, que
tem o prefeito Célio de Castro
como candidato à reeleição. O
número que vai aparecer nas
peças de campanha eleitoral e
no horário gratuito no rádio e
na TV será o 40.
Por isso, o PT decidiu não se
coligar com os partidos de esquerda na eleição proporcional (vereadores). Vai lançar
chapa própria. Assim, durante
três dias da semana, o partido
terá três minutos do horário
eleitoral para apresentar o 13, a
estrela petista e os seus 56 candidatos a vereador.
"Vamos ter de fazer uma
campanha específica, própria
para o PT. Sem a mística do
PT, o vereador não se elege, isso faz parte da nossa cultura",
disse Nilmário Miranda, deputado federal e presidente municipal da legenda.
(DA AGÊNCIA FOLHA)
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