São Paulo, sexta-feira, 10 de julho de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Anéis e dedos
Pela primeira vez desde o início da crise, houve ontem clara divergência de avaliação dentro do QG de
José Sarney (PMDB-AP), motivada pela revelação do
desvio de recursos repassados pela Petrobras à fundação que leva o nome do ex-presidente da República. Onde pega. A fala anti-CPI de Renan embute, além da preocupação com Sarney, a questão Transpetro, subsidiária da Petrobras controlada pelo PMDB do Senado. Avisa lá. Diante do fato consumado, Renan telefonou à ministra Dilma Rousseff. Se conhecendo. Ao resistir à CPI, Renan encontrou raro ponto de concordância com Aloizio Mercadante (PT-SP). Diz um senador petista: "Eles ainda não beijaram na boca, mas estão quase lá". O cara. O pêndulo da relatoria da CPI voltou a se mover na direção de Romero Jucá (PMDB-RR). O martelo será batido na segunda-feira. Eclipse. A encrenca com a Fundação Sarney frustrou o plano do comando do Senado de dar grande visibilidade à entrevista coletiva em que que auditores da FGV apresentaram conclusões do trabalho realizado na Casa. Liberou 1. O presidente do Supremo, Gilmar Mendes, cassou liminar de desembargador do TJ-SP que restringia a divulgação de informações no portal de internet De Olho nas Contas, criado pela prefeitura paulistana para tornar públicos todos os seus contratos e também os salários do funcionalismo municipal. Liberou 2. O próximo passo da gestão Kassab será colocar no portal as informações do Conpresp, conselho de preservação do patrimônio. Vai nessa. Em almoço com Aécio Neves, dirigentes do DEM instaram o governador de Minas a "rodar o país". Pré-candidato à Presidência, o tucano concordou. Disse que, a partir de agosto, não apenas cumprirá a agenda que lhe for apresentada pelo PSDB como aceitará uma série de outros convites para ir aos Estados. Será... O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, telefonou a Michel Temer (PMDB-SP) na segunda para pedir que os deputados reconsiderassem, na votação da lei eleitoral, a impressão dos votos em papel. O lobby não funcionou. ...que dá? Outro tema caro ao TSE, a emenda que permite o voto em trânsito para presidente foi aprovada na Câmara, mas há um movimento para derrubá-la no Senado. Barraco 1. Luciana Genro (RS) enviou carta à direção do PSOL afirmando que Ivan Valente (SP) "não tem mais legitimidade" para liderar o partido na Câmara. No ofício, descreve entreveros recentes dos dois e acusa o colega de "machismo, grosseria, autoritarismo e desequilíbrio". Barraco 2. Segundo Luciana, o deputado definiu como "roubo de galinha" sua posição na votação da reforma eleitoral, além de gritar com ela no café do Senado. Ela promete sopapos se isso voltar a ocorrer: "Reagi com calma e não fiz o que gostaria de ter feito. Na próxima vez, outro será meu procedimento". Manifesto. "Goiás, compromisso de vida", e "Não se engane: viver é lutar" são os títulos dos dois primeiros textos de Delúbio Soares, tesoureiro do mensalão, no "Diário da Manhã", de Goiânia. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio "Desse jeito, melhor ficar em casa e nem dizer que é candidato. A campanha vai virar um velório." Do deputado VIC PIRES (DEM-PA), protestando contra a proibição de propaganda em muros e outdoors e do uso de faixas e bandeiras dos candidatos, segundo as novas regras eleitorais. Contraponto Cortejo fúnebre
Depois de participar, na semana passada, de audiência
pública organizada por Paulo Paim (PT-RS) e José Nery
(PSOL-PA), um grupo de previdenciários em greve se dirigia à Câmara por um corredor onde fica o gabinete da
presidência do Senado. O alarido dos visitantes deixou em
alerta a segurança da Casa, receosa de protestos. |
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