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OUTRO LADO
GTech reafirma que foi vítima de extorsão de Buratti
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Em curta nota divulgada ontem, a GTech "reafirma o que
tem dito desde o início das investigações: foi procurada [por
Rogério Buratti e Waldomiro
Diniz] e foi vítima de tentativa
de extorsão".
Essa também é a versão que o
ex-diretor de Marketing e atual
gerente no Chile da GTech,
Marcelo Rovai, e o ex-presidente da empresa no Brasil Antônio Carlos da Rocha sustentaram em depoimento na semana passada à CPI dos Bingos
no Senado.
Segundo eles, a CEF (Caixa
Econômica Federal) informou
no dia 31 de março de 2003 que
havia uma pendência na renovação do contrato para operação de loterias.
Waldomiro Diniz, então assessor do ex-ministro da Casa
Civil e hoje deputado José Dirceu (PT-SP), teria comunicado
naquele dia no hotel Blue Tree
que era necessária a contratação de um consultor. Não disse
o nome de quem, diz Rovai.
Após o encontro com Waldomiro, o advogado Enrico
Gianelli, que atuava para
GTech, informou, ainda conforme Rovai, que seria necessária a contratação de Rogério
Buratti. No dia seguinte, durante uma reunião, Buratti teria pedido R$ 6 milhões para
garantir a renovação.
Ainda na versão de Rovai e
Rocha, a GTech não aceitou a
proposta feita pelo ex-assessor
de Antonio Palocci, quando o
hoje ministro da Fazenda era
prefeito de Ribeirão Preto
(1993-1996).
A assinatura do contrato foi
adiada, mas acabou ocorrendo
sete dias depois.
O contrato da GTech para
operar loterias da Caixa Econômica Federal está sob investigação pela CPI dos Bingos.
(HUDSON CORRÊA)
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