São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2005

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OUTRO LADO

GTech reafirma que foi vítima de extorsão de Buratti

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Em curta nota divulgada ontem, a GTech "reafirma o que tem dito desde o início das investigações: foi procurada [por Rogério Buratti e Waldomiro Diniz] e foi vítima de tentativa de extorsão".
Essa também é a versão que o ex-diretor de Marketing e atual gerente no Chile da GTech, Marcelo Rovai, e o ex-presidente da empresa no Brasil Antônio Carlos da Rocha sustentaram em depoimento na semana passada à CPI dos Bingos no Senado.
Segundo eles, a CEF (Caixa Econômica Federal) informou no dia 31 de março de 2003 que havia uma pendência na renovação do contrato para operação de loterias.
Waldomiro Diniz, então assessor do ex-ministro da Casa Civil e hoje deputado José Dirceu (PT-SP), teria comunicado naquele dia no hotel Blue Tree que era necessária a contratação de um consultor. Não disse o nome de quem, diz Rovai.
Após o encontro com Waldomiro, o advogado Enrico Gianelli, que atuava para GTech, informou, ainda conforme Rovai, que seria necessária a contratação de Rogério Buratti. No dia seguinte, durante uma reunião, Buratti teria pedido R$ 6 milhões para garantir a renovação.
Ainda na versão de Rovai e Rocha, a GTech não aceitou a proposta feita pelo ex-assessor de Antonio Palocci, quando o hoje ministro da Fazenda era prefeito de Ribeirão Preto (1993-1996).
A assinatura do contrato foi adiada, mas acabou ocorrendo sete dias depois.
O contrato da GTech para operar loterias da Caixa Econômica Federal está sob investigação pela CPI dos Bingos.
(HUDSON CORRÊA)


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