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Documento da Finep contradiz versão de pasta da Ciência e Tacnologia sobre máfia
DA SUCURSAL DO RIO
Documentos da Finep, agência do Ministério da Ciência e
Tecnologia, contradizem a versão dada pela própria pasta de
que não repassou dinheiro para
compra de ônibus da Planam,
empresa que liderava a máfia
dos sanguessugas.
O Intedeq (Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de
Qualidade), sediado no Rio, recebeu R$ 747,23 mil do ministério, via Finep (Financiadora
de Estudos e Projetos), e comprou da Planam dois ônibus
equipados com computadores
e sistema de acesso à internet.
A ONG cedeu em comodato à
Prefeitura de Paraty um dos
ônibus adquiridos da Planam.
O paradeiro da outra unidade é
desconhecido. Outra entidade
que usou recursos da pasta para
comprar equipamentos de empresas da máfia dos sanguessugas foi o Ibrae (Instituto Brasileiro de Cultura e Educação),
também do Rio. Foi repassado
R$ 1,781 milhão, via Finep, em
dois convênios, para compra e
manutenção de cinco unidades
móveis de inclusão digital.
O Ibrae informou à Finep
que a empresa Suprema Rio
Comércio de Equipamentos de
Segurança forneceu ônibus,
mobiliário, computadores e
softwares. A Suprema foi identificada pela Polícia Federal como uma das empresas de fachada usada no esquema. Seu endereço no cadastro de pessoas
jurídicas da Receita Federal é o
consultório de um fisioterapeuta, em Copacabana, que diz
desconhecer a empresa.
Procurado pela Folha para
explicar a divergência de informações, o ministério disse que
a nota divulgada anteontem se
refere apenas aos oito convênios para compra de unidades
móveis de inclusão digital autorizados pela pasta e que ignorava que recursos repassados
pela Finep eram usados na
compra de equipamentos da
Planam.
(ELVIRA LOBATO)
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