São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA

Tortura Nunca Mais demite e corta despesas

DA SUCURSAL DO RIO

Condenado de modo definitivo por calúnia, injúria e difamação, pela acusação de tortura contra quatro policiais federais, o Grupo Tortura Nunca Mais decidiu diminuir seu programa de assistência a vítimas da violência, afastar funcionários e suspender a veiculação do jornal quadrimestral que publicava desde 1986.
A situação financeira da entidade, criada em 1985 para denunciar a prática de tortura pelos governos militares (1964-1985) é dificílima, disse à Folha a presidente do grupo, Cecília Coimbra. Já paga, a indenização aos profissionais da Polícia Federal somou R$ 47 mil.
O delegado Roberto Prel Júnior e os agentes Luiz Oswaldo Vargas de Aguiar, Luiz Amado Machado e Anízio Pereira dos Santos foram acusados pelo petroleiro Carlos Abel Dutra Garcia de tê-lo torturado e ao amigo Rosalvo Teixeira da Silva na sede da PF no Rio, em 20 de agosto de 1996. Os dois eram acusados de ter cometido furto em propriedade de Prel Júnior na zona oeste. A suspeita policial nunca se confirmou.
Foi instaurada ação penal na 13ª Vara Federal contra sete policiais indiciados pelo Ministério Público pela suposta tortura. O TRF (Tribunal Regional Federal) trancou a ação, sob a justificativa de que o Ministério Público extrapolara sua competência ao investigar o caso. Ameaçado, Dutra Garcia deixou o Rio com a família.
O Tortura Nunca Mais denunciou o caso à ONU (Organização Nações Unidas), que o tornou público.


Texto Anterior: Lacerda discute com senador durante sessão
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.