São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Alckmin nega mudanças na campanha

Equipe de comunicação, porém, deverá ser reforçada com publicitário que trabalhou com Duda Mendonça

ANA FLOR
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após oscilar dois pontos percentuais nas intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha, e ficar tecnicamente empatado com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou mudanças estruturais na campanha e atribuiu as "dificuldades" ao tempo menor que tem na TV e no rádio em relação aos adversários.
Ele afirmou ainda que seu marqueteiro, Lucas Pacheco, não sairá da campanha. "O Lucas Pacheco está se esforçando, fazendo um bom trabalho", disse Alckmin. "Nenhuma mudança está programada."
Segundo Alckmin, sua vantagem é ser mais conhecido. "Nós temos uma dificuldade porque o nosso tempo é menor que o dos nossos adversários, mas eu sou bastante conhecido."
Integrantes do comando da campanha do tucano informaram ontem ao partido, inclusive ao presidente municipal, José Henrique Reis Lobo, a decisão de reforçar a equipe de comunicação com a contratação de um publicitário baiano para atuar como redator do programa de TV. O escolhido seria o publicitário Marcelo Simões. "Não será uma substituição, mas reforço", disse o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, evitando confirmar a opção.
Na campanha, a orientação era de que Simões atuasse como um consultor. A escalação serviria para atenuar uma das críticas de tucanos à falta de conteúdo do programa da TV.
Até 2004, Simões trabalhava com Duda Mendonça. Em 2006, foi responsável pela comunicação da campanha de Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força. Hoje, coordena campanha em Ribeirão Preto. Simões foi sondado por Alckmin antes da escolha de Pacheco. À Folha Simões disse desconhecer qualquer convite.
Tucanos teriam divergido até sobre a menção a Alckmin. Como uns defendiam "Geraldo" e outros defendiam "Alckmin", ficou "Geraldo Alckmin".
Segundo rumores no mercado publicitário, Pacheco não tinha recebido um centavo até duas semanas atrás. Por isso, decidiu ficar na campanha.
Além dos problemas de campanha, Alckmin tem usado uma tipóia no braço direito, para tentar aliviar a dor de uma bursite no ombro. Apesar do incômodo, a agenda nos últimos dias foi intensificada.


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