São Paulo, quinta-feira, 10 de setembro de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Para Lula ver
Quem conhece os meandros regimentais da Câmara sabe que, embora a oposição tenha concordado em
fixar a votação em plenário dos projetos do pré-sal na
semana de 10 de novembro, é quase impossível que a
discussão esteja concluída antes do dia 24 daquele
mês. Mesmo se não houver obstrução nas comissões,
serão quatro propostas polêmicas, recheadas de
emendas, a serem votadas madrugadas adentro. Mãozinha. Relator do projeto mais importante do pré-sal, o da partilha, Henrique Alves (PMDB-RN) ainda emplacou o conterrâneo João Maia (PR) na relatoria do fundo social. Argumentou que o irmão de Agaciel Maia vinha se aproximando da oposição, mas, uma vez contemplado, ficará com Dilma Rousseff. Vai sonhando. Escolhido presidente da comissão sobre o regime de partilha, Arlindo Chinaglia (PT-SP) quer manter a discussão sobre royalties fora dos debates. Só que a maioria das emendas apresentadas trata da questão. Borracha. Sem alarde, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) fez alteração de última hora no texto da reforma eleitoral. Onde estava prevista a proibição de propaganda de programas oficiais seis meses antes da eleição, agora se lê quatro meses, ou seja, praticamente já na campanha. Explicou aos colegas que atendia a um pedido de Aécio Neves. Pai da criança. Muita gente no governo defendeu o asilo a Cesare Battisti, mas a avaliação ontem era que, a se confirmar o esperado resultado pró-extradição, quando o STF retomar o julgamento, o desgaste será todo do ministro Tarso Genro (Justiça). Pesos... Depois que o relator Cezar Peluso leu as preliminares do voto, o advogado Luís Roberto Barroso disse que havia 30 anos Battisti não se envolvia em ações "anti-sociais". Quando lhe perguntaram se haveria tal prescrição para ex-ditadores, gaguejou. ... e medidas. Em seguida, formulou: "Defendo que criminosos de Estado, que usaram a tortura como instrumento de perseguição, tenham regime diferente dos criminosos de cidadania". Albergue. Eduardo Suplicy (PT-SP) deixou a chave de seu gabinete no Senado com os manifestantes pró-Battisti que chegaram a Brasília na véspera do julgamento. "Foi para que pudessem usar o banheiro à noite", justificou. Momento. Eros Grau saiu bufando do plenário depois de bate-boca com Peluso sobre o direito de defesa de Tarso Genro. Pouco depois, minimizava o episódio: "O ministro Peluso é meu amigo-irmão". Teleprompter. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, optou por ler na tela do computador sua sustentação no caso Battisti. Em vários momentos se perdeu. Combinado. Alçado ao governo do Tocantins com a cassação de Marcelo Miranda (PMDB), o presidente da Assembleia, Carlos Gaguim (PMDB), fechou acordo para ser eleito indiretamente. Levará para o secretariado Leomar Quintanilha (PMDB), com quem disputará a vaga de candidato ao governo em 2010. Miranda concorrerá à cadeira hoje ocupada por Quintanilha no Senado. Paris é aqui. No currículo parlamentar de Gaguim há um projeto que prevê a construção de réplica da Torre Eiffel em Palmas. Piada de adversários: com a atual aproximação Brasil-França, talvez seja possível arrancar recursos do PAC para a obra. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio "A oposição não tem passado para contrapor ao governo Lula. Não tem presente para enfrentar a popularidade do presidente. E agora, com o pré-sal, também não tem futuro." Do deputado JOSÉ MENTOR (PT-SP), fazendo pouco das chances do consórcio PSDB-DEM na eleição presidencial do ano que vem. Contraponto Meu nome não é Enéas
Ainda no início do governo Lula, o PFL (depois rebatizado DEM) tentava com dificuldade obstruir uma sessão
da Câmara. Como havia poucos deputados do partido e do
parceiro PSDB no plenário, o chefe de gabinete da liderança pefelista, responsável por manter a obstrução com
os meios disponíveis no regimento, animou-se ao ver
Enéas Carneiro (1938-2007) sentado sozinho num canto. |
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