São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2001

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Governador e Serra negociam apoio recíproco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A menos que ocorra uma profunda mudança no estado de espírito do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permitindo que os vice-governadores reeleitos em 98 concorram ao cargo do titular dificilmente mudará o quadro das candidaturas governistas já postas à sucessão de Fernando Henrique Cardoso.
Alckmin procura se mostrar decidido: não tem interesse pela Presidência. Seu objetivo é a reeleição para governador.
É nesses termos seu entendimento com José Serra, ministro da Saúde e presidenciável tucano: o governador apóia o ministro, se ele for candidato a presidente em 2002, e Serra apóia Alckmin para o governo paulista. Caso Serra não se viabilize como candidato à cadeira de FHC, disputará o Senado.
A decisão definitiva sobre a possibilidade de Alckmin se candidatar a governador deve ficar para às vésperas das eleições e pode chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Boa parte dos tucanos dá como certo que Alckmin terá direito à reeleição. A torcida contrária é do PFL e dos adversários internos de Serra, como o governador Tasso Jereissati (CE) e os ministros Pimenta da Veiga (Comunicações) e Paulo Renato (Educação).
É essa ala que pode tentar virar o jogo no PSDB e fazer de Alckmin o candidato chapa-branca para presidente, tendo como vice um nome do PFL do Nordeste. A preferência é por Roseana Sarney (MA). Desde que assumiu a atitude de candidato, no evento que o PSDB realizou na semana passada em Goiânia, Serra transformou-se no alvo preferencial de seus adversários no campo oficial.
Os adversários de Serra dizem que Tasso tem o apoio de cinco dos seis governadores tucanos. O maior receio do PSDB é que o acirramento da disputa rache o partido.



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