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Governador e
Serra negociam
apoio recíproco
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A menos que ocorra uma
profunda mudança no estado
de espírito do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a decisão do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) permitindo que os vice-governadores reeleitos em
98 concorram ao cargo do titular dificilmente mudará o quadro das candidaturas governistas já postas à sucessão de Fernando Henrique Cardoso.
Alckmin procura se mostrar
decidido: não tem interesse pela Presidência. Seu objetivo é a
reeleição para governador.
É nesses termos seu entendimento com José Serra, ministro da Saúde e presidenciável
tucano: o governador apóia o
ministro, se ele for candidato a
presidente em 2002, e Serra
apóia Alckmin para o governo
paulista. Caso Serra não se viabilize como candidato à cadeira
de FHC, disputará o Senado.
A decisão definitiva sobre a
possibilidade de Alckmin se
candidatar a governador deve
ficar para às vésperas das eleições e pode chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Boa parte dos tucanos dá como certo que Alckmin terá direito à reeleição. A torcida contrária é do PFL e dos adversários internos de Serra, como o
governador Tasso Jereissati
(CE) e os ministros Pimenta da
Veiga (Comunicações) e Paulo
Renato (Educação).
É essa ala que pode tentar virar o jogo no PSDB e fazer de
Alckmin o candidato chapa-branca para presidente, tendo
como vice um nome do PFL do
Nordeste. A preferência é por
Roseana Sarney (MA). Desde
que assumiu a atitude de candidato, no evento que o PSDB
realizou na semana passada em
Goiânia, Serra transformou-se
no alvo preferencial de seus adversários no campo oficial.
Os adversários de Serra dizem que Tasso tem o apoio de
cinco dos seis governadores tucanos. O maior receio do PSDB
é que o acirramento da disputa
rache o partido.
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