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PRELIMINARES
Petista deve se aperfeiçoar sem parecer "artificial"
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Lula deve aperfeiçoar a performance em novos embates com Geraldo Alckmin (PSDB), avaliam aliados do
petista. Antes do debate na TV
Bandeirantes, Lula hospedou-se num hotel em São Paulo. A
tentativa do marqueteiro do
petista, João Santana, era submetê-lo a uma espécie de treinamento televisivo, com baterias de perguntas. Lula tem restrições a esses treinamentos.
Teme se transformar num candidato "artificial".
Ministros o abasteceram
com dados sobre iniciativas do
governo. Mas faltou Lula ser
mais direto e didático, disseram aliados. O desafio é controlar a passionalidade do petista
diante da saraivada de ataques
e provocações do tucano.
A idéia é que o presidente tenha poucos números na cabeça,
mas bastante consistentes. Os
coordenadores concluíram que
é preciso citar dados macroeconômicos de forma objetiva.
Outra estratégia é cobrar explicações de Alckmin sobre o
programa de "corte de gastos"
que pretende implementar.
A abordagem do escândalo
da Nossa Caixa também foi superficial, avaliam os auxiliares
do presidente. É preciso dizer
com clareza que se trata de um
esquema que destinaria recursos do banco estatal para favorecer jornais, revistas e programas de rádio e tv mantidos ou
indicados por deputados da base do tucano na Assembléia.
Lula também precisa ser
mais direto quando for questionado sobre o mensalão, opinaram interlocutores. Os aliados
do presidente não entenderam,
por exemplo, por que ele não citou o nome do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que também foi investigado pela CPI
dos Correios e teve a campanha
eleitoral de 1998 envolvida com
o empresário Marcos Valério
Fernandes de Souza.
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