|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Toda Mídia
Nelson de Sá
FAZ-DE-CONTA
Era a notícia do dia e
é a notícia do segundo turno, até agora. "O debate da Band muda o tom da campanha", na manchete do "Jornal
da Band". Mas não, o "JN" nem mencionou. Passou recibo.
Na defensiva, mas reagiu
E foi notícia no mundo todo, com correspondentes
falando de um Lula acuado, mas que reagiu depois.
Para Steve Kingstone, da BBC, "Lula enfrentou
questionamento intenso de Alckmin" e "se manteve
na defensiva na primeira metade, mas cresceu em
confiança ao tratar de política social". Para Jonathan
Wheatley, do "Financial Times", "Alckmin pôs Lula
na defensiva", mas o presidente "recuperou algum
terreno" -e "é pouco provável que o debate tenha
mudado votos significativamente". "Na defensiva" foi
também a expressão de Annie Gasner no "Le Monde",
dizendo -como os demais- que "o tom da campanha
foi dado e será agressivo". Geraldo Samor, do "Wall
Street Journal", sublinhou os ataques de lado a lado e
avaliou que o debate era "crucial para Mr. Alckmin".
Na Argentina, Eleonora Gosman no "Clarín" e Luis
Esnal no "La Nación" falaram em "debate áspero" e
"agressividade incomum na sociedade brasileira",
com Alckmin no ataque e Lula "crescendo" depois.
O MERCADO
Para o site do "Wall Street
Journal", foi dia de "calma"
no mercado financeiro do
país, em contraste com "a
temporada eleitoral quente".
O único temor mencionado
por investidores é chegar a tal
confronto que inviabilize um
acordo para reformas, depois.
Já a Bloomberg despachou
que o real subiu por causa do
"otimismo de que Alckmin vai
crescer" depois do debate.
CABOCLO HH
O texto mais lido na Folha
Online foi uma declaração do
petista Jaques Wagner, de
que Lula "foi surpreendido
com a postura de Alckmin".
Foi surpresa geral, até para
aliados, segundo a cobertura.
E foi descrita com humor por
Tutty Vasques, no Nomínimo:
- Cabloco Heloísa Helena
pode ter baixado em Alckmin.
A questão será discutida no
conselho de ética do PSOL.
TV GOOGLE
A notícia tirou o teste nuclear na Coréia do Norte da
manchete do site do "Wall Street Journal" -a Google
comprou o YouTube por US$ 1,65 bilhão, o que "catapulta
a gigante a protagonista da revolução do vídeo on-line".
"FT", "NYT", "Washington Post", o tom foi semelhante
por todo lado. Mas a notícia original estava no site da
Google, no webcast com Chad Hurley (YouTube) falando
de sua "excitação" com a grande mudança em andamento
na internet, e Sergey Brin (Google), lacônico, "vídeo é um
grande meio para publicidade, e por isso estou excitado".
nypost.com/Reprodução
|
|
DEU NO "NY POST"
A notícia não surgiu no "WSJ" nem em qualquer outro. Segundo o blog de mídia de Tiago Dória, que vinha acompanhado as especulações, ela saiu no blog TechCrunch, com base num e-mail que o blogueiro americano confirmou, inclusive o valor. Antes de todos, porém, o tablóide "New York Post" havia dado ainda em setembro que o YouTube abria conversa com "gordos" US$ 1,2 bilhões na mesa -e a foto de um sorridente Chad Hurley para ilustrar.
YOUTUBE E AS ELEIÇÕES
O poder do YouTube foi exemplificado ontem na capa
do "WSJ", sobre o impacto dos vídeos de candidatos que
vêm sendo postados nos EUA. As campanhas agora têm
assessores só para tais ações "virais", de antipropaganda.
E o presidente da Google, no "FT", aconselhou "políticos a
acordar para o impacto da web", que "vai afetar eleições".
Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá
Texto Anterior: No Paraná, candidatos trocam acusações na TV Próximo Texto: Eleição 2006/Crise do dossiê: Deputados ligam dinheiro do dossiê a jogo do bicho Índice
|