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Foco
Playboy de Mônica Veloso bate recorde de vendas na banca do Congresso
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Estopim da crise envolvendo Renan Calheiros (PMDB-AL), sua ex-amante Mônica
Veloso reapareceu ontem no
Congresso e, desta vez, bem
mais à vontade. Na capa da revista "Playboy", Mônica voltou a chamar a atenção dos
parlamentares, assessores e
servidores que compraram
num período de dez horas,
150 revistas, um recorde na
história da banca.
O gerente da banca localizada na entrada principal do
Congresso, José Erinaldo, 33,
disse que nunca foi tão grande o movimento de assessores por lá. "Teve um que levou
três, mas eles não contam de
jeito nenhum para quem estão levando a revista", afirmou. Em duas horas, 40 revistas foram vendidas.
Renan preferiu não comentar. Ao ser questionado por
jornalistas, fechou a cara.
Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) confessou que
entrou numa banca, ainda em
São Paulo, e, meio constrangido, chamou o vendedor
num canto. "Posso lhe fazer
uma pergunta indiscreta? Já
chegou a revista da Mônica
Veloso?", sussurrou. "Já",
respondeu o vendedor. "Então me de uma", disse encerrando a conversa.
Ao saber pela imprensa sobre o lançamento da revista, o
senador Garibaldi Alves
(PMDB-RN), não escondeu
sua satisfação. "Vou comprar
agora mesmo senão esgota.
Estamos todos esperando isso há muito tempo", disse.
Depois explicou que seu interesse era para saber o que ela
"dizia" na revista.
Se for por isso, o senador ficará frustrado, porque a jornalista fez nenhum comentário sobre o caso extraconjugal
que teve com o senador ou sobre a origem do dinheiro que
recebia dele como pensão.
Até o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), confessou
sua curiosidade. "Não comprei a minha ainda. Quero ver
se alguém me empresta..."
O deputado Júlio Delgado
(PSB-MG) foi um dos primeiros a chegar na banca ontem,
mas disse que seu propósito
era trocar dinheiro para pagar o táxi. Os deputados Maurício Rands (PT-PE) e Bruno
Araújo (PSDB-PE) foram
juntos à banca. "É uma mulher bonita, mas você vê que
tem muito recurso de computador", afirmou Rands.
"Não compro. Acho que a
população acaba misturando
as coisas e achando que o
Congresso é um prostíbulo",
esbravejou o deputado Carlito Merrs (PT-SC).
Colaborou LULA MARQUES, da Sucursal de Brasília
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