São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Foco

Playboy de Mônica Veloso bate recorde de vendas na banca do Congresso

ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Estopim da crise envolvendo Renan Calheiros (PMDB-AL), sua ex-amante Mônica Veloso reapareceu ontem no Congresso e, desta vez, bem mais à vontade. Na capa da revista "Playboy", Mônica voltou a chamar a atenção dos parlamentares, assessores e servidores que compraram num período de dez horas, 150 revistas, um recorde na história da banca.
O gerente da banca localizada na entrada principal do Congresso, José Erinaldo, 33, disse que nunca foi tão grande o movimento de assessores por lá. "Teve um que levou três, mas eles não contam de jeito nenhum para quem estão levando a revista", afirmou. Em duas horas, 40 revistas foram vendidas.
Renan preferiu não comentar. Ao ser questionado por jornalistas, fechou a cara.
Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) confessou que entrou numa banca, ainda em São Paulo, e, meio constrangido, chamou o vendedor num canto. "Posso lhe fazer uma pergunta indiscreta? Já chegou a revista da Mônica Veloso?", sussurrou. "Já", respondeu o vendedor. "Então me de uma", disse encerrando a conversa.
Ao saber pela imprensa sobre o lançamento da revista, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), não escondeu sua satisfação. "Vou comprar agora mesmo senão esgota.
Estamos todos esperando isso há muito tempo", disse.
Depois explicou que seu interesse era para saber o que ela "dizia" na revista.
Se for por isso, o senador ficará frustrado, porque a jornalista fez nenhum comentário sobre o caso extraconjugal que teve com o senador ou sobre a origem do dinheiro que recebia dele como pensão.
Até o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), confessou sua curiosidade. "Não comprei a minha ainda. Quero ver se alguém me empresta..."
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) foi um dos primeiros a chegar na banca ontem, mas disse que seu propósito era trocar dinheiro para pagar o táxi. Os deputados Maurício Rands (PT-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE) foram juntos à banca. "É uma mulher bonita, mas você vê que tem muito recurso de computador", afirmou Rands.
"Não compro. Acho que a população acaba misturando as coisas e achando que o Congresso é um prostíbulo", esbravejou o deputado Carlito Merrs (PT-SC).


Colaborou LULA MARQUES, da Sucursal de Brasília

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