Com 12% dos votos, Maria do Rosário deve disputar prévia com Rossetto, pois Olívio diz que não concorrerá

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que aparece empatada na segunda colocação da pesquisa Datafolha com os também deputados Onyx Lorenzoni (DEM), Manuela D'Ávila (PC do B), e Luciana Genro (PSOL), com 12%, disse que este percentual aponta para que haja acordo no PT em favor de sua candidatura.
Depois de administrarem Porto Alegre por 16 anos consecutivos e terem perdido a última eleição, os petistas estão divididos quanto a melhor candidatura para tentar voltar a governar a capital gaúcha.
Apesar de aparecer na liderança, o ex-governador Olívio Dutra disse que não é candidato a prefeito e que a indicação do partido recairá sobre Rosário ou o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto. Uma prévia está marcada para março e o clima interno é de acirramento.
"Acho que o PT vai levar em consideração o resultado da pesquisa. Ela aponta para um acordo, uma composição interna. Espero que o partido tenha um olhar para fora", disse.
Rossetto, que aparece com 4%, não conversou com a reportagem porque está internado em Curitiba, onde se submeterá a uma angioplastia.
Onyx, que dependendo do cenário, ficou com 12% e 13%, disse que os resultados demonstram que a atuação do prefeito José Fogaça (PMDB), com 19%, está "muito aquém do que a população esperava".
Segundo ele, a pesquisa também mostra que não há ainda preferência do eleitor e que o PT não tem mais a simpatia da população como em anos anteriores. "A eleição está totalmente aberta, mas pelo resultado, me sinto totalmente no jogo. Fiquei muito animado."
Luciana, que lançou ontem sua candidatura, afirmou que o partido ganhou força política em Porto Alegre. "Tenho um percentual maior entre os eleitores que formam opinião [ela teve o maior índice entre os eleitores com ensino superior], demonstrando que tenho maior capacidade de crescimento entre os candidatos."

Curitiba
O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), disse que sua liderança na pesquisa (58%) "é um bom estímulo para continuar trabalhando". Mas afirmou não ser o momento para definir candidaturas. "Seria um desrespeito à população."
Para o ex-prefeito Rafael Greca (PMDB), com 4%, os índices devem mudar com a campanha. O presidente estadual do PPS, Rubens Bueno (7%), diz que gostou do desempenho. (SIMONE IGLESIAS e DIMITRI DO VALLE)


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