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Senado constrói rampa com pedra de granito do avesso em vez de cimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado decidiu investir
seus recursos numa obra polêmica. Trata-se de uma
rampa que dará acesso a uma
das saídas da Casa na qual
está sendo exposto o lado inverso do granito. A parte polida da pedra é que recebe o
cimento.
Ao usar a pedra de forma
invertida, a aparência do piso é igual a de um cimento
queimado. O Senado explicou que não usou cimento
porque tinha o granito em
estoque e que resolveu inverter a pedra porque, dessa
forma, não fica escorregadio.
"Compramos bastante granito para fazer reposição. Estava tudo estocado", disse
Adriano Bezerra de Faria,
secretário de engenharia do
Senado. "Cimento, areia, brita, tudo isso resolvia, mas
optamos pela harmonização
arquitetônica", disse.
Segundo o Senado, foram
usados 68 m2 de granito ao
custo de R$ 45 o metro quadrado. A Folha encontrou
em lojas especializadas o
metro a R$ 60.
A obra foi feita, segundo
Faria, porque o local estava
esburacado, o que não é confirmado por servidores que
trafegam no local ouvidos
pela reportagem. No local
foram usadas 351 pedras de
granito. Já o túnel, cuja obra
ainda não foi iniciada, custará R$ 5,6 milhões aos cofres
da Casa.
(ANDREZA MATAIS)
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