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PSDB cobra posição de Dilma sobre o programa
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do
PSDB, Sérgio Guerra (PE), cobrou ontem uma manifestação
da potencial candidata do PT à
Presidência, ministra Dilma
Rousseff, acerca do controverso plano de direitos humanos
decretado pelo governo. A titular da Casa Civil estava em férias e retorna ao trabalho hoje.
Para Guerra, "é inimaginável
que uma iniciativa dessa complexidade não tenha a participação da Casa Civil". "Por que a
ministra Dilma, que fala sobre
tudo, está calada?", alfinetou.
O governador de São Paulo e
possível candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, avisou
a interlocutores que não pretende falar sobre o assunto. Então presidente da UNE, Serra
exilou-se após o golpe militar.
Serra tem sido aconselhado a
evitar o debate, sob argumento
de que importaria para o PSDB
uma polêmica que consome a
base governista. O ideal, recomendam os serristas, é assistir
à crise. Os tucanos ainda temem que a apresentação do
programa tenha nascido de
uma tentativa de reconquista
dos movimentos sociais. E, em
caso de descuido, o PSDB poderia acabar caracterizado como
conservador, acirrando o caráter plebiscitário que o PT pretende dar à eleição.
No PSDB, há quem duvide
que Serra consiga driblar o assunto. Nesse caso, a orientação
é concentrar críticas à forma de
concepção do programa, contornando o mérito de temas
mais delicados. "O método não
é adequado. Como se constrói
democracia em cima de representação de conferências estaduais e nacional? É distorção
da representatividade", disse o
vice-governador Alberto Goldman. "O Congresso não discutiu", diz o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal.
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