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Acusados ainda esperam por julgamentos
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Dois anos após o assassinato
de Dorothy Stang, os dois acusados de serem os mandantes
do crime, que ainda não foram
julgados, tentam aliviar uma
futura condenação na Justiça.
Quando foi assassinada com
três tiros, aos 73 anos, Dorothy
Stang atuava no oeste do Pará
como agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço
agrário da Igreja Católica. Ela
foi vítima de uma emboscada.
Um dos apontados como
mandante do assassinato é o fazendeiro Vitalmiro Bastos de
Moura, o Bida. Ele está preso
no Centro de Recuperação do
Coqueiro, em Belém.
Seu julgamento está marcado para abril, no Tribunal do
Júri. Já teve cinco pedidos de liberdade negados e só tem agora
um recurso a ser analisado no
Supremo Tribunal Federal,
com pedido de habeas corpus.
O fazendeiro Regivaldo Galvão, o Taradão, apontado como
o outro mandante, foi posto em
liberdade em 29 de agosto de
2006. Seu julgamento depende
de recurso pendente no TJ.
Segundo a acusação, Bida e
Taradão encomendaram o crime por R$ 50 mil. Os dois são
acusados de homicídio qualificado por motivo torpe com
promessa de pagamento e emboscada (pena de 12 a 30 anos).
O advogado de defesa de Bida, Américo Leal, disse que se o
STF negar o habeas corpus vai
desistir de contestações na Justiça. Já Jânio Siqueira, que defende Taradão, diz que entrará
com recursos até que seja esgotada essa possibilidade.
O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, foi condenado a 27 anos de prisão, mas
terá um novo julgamento.
Clodoaldo Carlos Batista, o
Eduardo, apontado como cúmplice de Fogoió, foi condenado
a 17 anos de prisão. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, que teria
atuado como intermediário entre os pistoleiros e os mandantes, foi condenado a 18 anos.
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