São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

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Acusados ainda esperam por julgamentos

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Dois anos após o assassinato de Dorothy Stang, os dois acusados de serem os mandantes do crime, que ainda não foram julgados, tentam aliviar uma futura condenação na Justiça.
Quando foi assassinada com três tiros, aos 73 anos, Dorothy Stang atuava no oeste do Pará como agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica. Ela foi vítima de uma emboscada.
Um dos apontados como mandante do assassinato é o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida. Ele está preso no Centro de Recuperação do Coqueiro, em Belém.
Seu julgamento está marcado para abril, no Tribunal do Júri. Já teve cinco pedidos de liberdade negados e só tem agora um recurso a ser analisado no Supremo Tribunal Federal, com pedido de habeas corpus.
O fazendeiro Regivaldo Galvão, o Taradão, apontado como o outro mandante, foi posto em liberdade em 29 de agosto de 2006. Seu julgamento depende de recurso pendente no TJ.
Segundo a acusação, Bida e Taradão encomendaram o crime por R$ 50 mil. Os dois são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe com promessa de pagamento e emboscada (pena de 12 a 30 anos).
O advogado de defesa de Bida, Américo Leal, disse que se o STF negar o habeas corpus vai desistir de contestações na Justiça. Já Jânio Siqueira, que defende Taradão, diz que entrará com recursos até que seja esgotada essa possibilidade.
O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, foi condenado a 27 anos de prisão, mas terá um novo julgamento.
Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, apontado como cúmplice de Fogoió, foi condenado a 17 anos de prisão. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, que teria atuado como intermediário entre os pistoleiros e os mandantes, foi condenado a 18 anos.


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