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Serra propõe parceria a Madonna em ação que governo esvaziou
Governador de SP oferece adotar programa baseado na cabala no Escola da Família, cuja abrangência caiu pela metade desde 2007
Com apoio de empresários, programa da ONG não deve ter custos para o governo; entidade fornece monitores e o Estado, a estrutura física
Marlene Bergamo/Folha Imagem
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A primeira-dama Mônica, Serra e Madonna, após audiência no
Palácio dos Bandeirantes
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra, ofereceu ontem como parceria à cantora Madonna a estrutura de um programa
que foi desidratado em seu governo: o Escola da Família.
Fundadora da ONG Success
for Kids, Madonna solicitou audiência com Serra para propor
a adoção de seu programa educacional -baseado em princípios cabalísticos- na rede estadual. Na conversa, Madonna
explicou que, destinado a
crianças de 8 a 12 anos, o programa aplica os conceitos da
cabala para o autoconhecimento dos alunos e sua relação com
o ambiente.
Ao lado de Serra, o secretário
de Educação, Paulo Renato
Souza, sugeriu sua implantação
nas escolas que abrigam, nos
fins de semana, o Escola da Família. Pela proposta, a ONG
oferece os monitores para o
curso e o governo disponibiliza
a estrutura física.
Segundo o governador, o programa -que tem apoio de empresários- não representaria
custo para o Estado.
"Não é propriamente um
programa formal, mas para desenvolver psicologicamente.
Para enfrentar melhor a vida",
disse Serra, segundo quem o
programa poderá funcionar
ainda neste ano.
Criado no governo Geraldo
Alckmin, o Escola da Família
sofreu, porém, redução drástica na administração Serra.
Em 2007, o governo reduziu
pela metade o investimento no
Escola da Família. O número de
escolas no projeto -que prevê
atividades esportivas e culturais durante os finais de semana- caiu de 5.200 para 2.334.
Atualmente, o número de é de
cerca de 2.300.
À época, o governo alegou
que parte das escolas recebia
poucos visitantes e, por isso,
não fazia sentido mantê-las
abertas. O dinheiro foi aplicado
em outros projetos, como a colocação de um segundo professor em algumas classes.
No encontro, Madonna e entourage deixaram evidenciar
que procuravam um potencial
candidato à Presidência. Mas a
cantora se surpreendeu com os
números de São Paulo.
Antes da audiência, Madonna visitou a ONG Meninos do
Morumbi, onde permaneceu
por cerca de 45 minutos.
Na entidade, dedicada a
crianças e jovens da periferia
na zona sul de São Paulo, ela assistiu a apresentações de música, dança e capoeira.
A equipe de segurança de
Madonna exigiu que não houvesse câmera fotográfica, filmadora ou telefone celular no
local, e pediu que o sistema de
câmeras de segurança da ONG
fosse desligado durante a visita.
Ao lado, cerca de 30 fãs de Madonna gritavam seu nome. O
público foi maior no Palácio
dos Bandeirantes, onde cerca
de 350 funcionários interromperam o trabalho à espera da
popstar.
(CATIA SEABRA, FABIO TAKAHASHI E FERNANDA MENA)
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