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CASO CC-5
BC estuda mudar normas para conta no exterior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central estuda a possibilidade de modificar as normas
que regulamentam o funcionamento das contas CC-5 (para
não-residentes), numa tentativa
de inibir operações de lavagem de
dinheiro. As alterações permitiriam ao BC identificar, de forma
precisa, as pessoas que enviam dinheiro para o exterior.
A Polícia Federal investiga,
atualmente, aquele que supostamente é o maior esquema de lavagem de dinheiro feito no país
-cerca de US$ 30 bilhões podem
ter sido lavados de 96 a 99 por
meio de contas CC-5.
As contas eram usadas para o
envio de dinheiro para não-residentes no Brasil ou para empresas
com sede no exterior. Foi montado um esquema de lavagem que
alimentava contas de laranjas ou
pessoas ligadas a doleiros. O dinheiro era enviado para a agência
do Banestado (Banco do Estado
do Paraná) em Nova York. O banco foi liquidado pelo BC em 2000.
Atualmente, o BC só conhece a
identidade das pessoas que enviam quantias superiores a US$ 10
mil por meio das CC-5. Transações de valores menores podem
ser feitas anonimamente.
O chefe do Departamento de
Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros do BC, Ricardo Liao,
disse ontem que o BC poderá reduzir -e eventualmente extinguir- esse limite. "Hoje é US$ 10
mil. Pode ser US$ 50 mil, pode ser
US$ 200 mil, pode até ser zero."
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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