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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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CASO CC-5

BC estuda mudar normas para conta no exterior

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central estuda a possibilidade de modificar as normas que regulamentam o funcionamento das contas CC-5 (para não-residentes), numa tentativa de inibir operações de lavagem de dinheiro. As alterações permitiriam ao BC identificar, de forma precisa, as pessoas que enviam dinheiro para o exterior.
A Polícia Federal investiga, atualmente, aquele que supostamente é o maior esquema de lavagem de dinheiro feito no país -cerca de US$ 30 bilhões podem ter sido lavados de 96 a 99 por meio de contas CC-5.
As contas eram usadas para o envio de dinheiro para não-residentes no Brasil ou para empresas com sede no exterior. Foi montado um esquema de lavagem que alimentava contas de laranjas ou pessoas ligadas a doleiros. O dinheiro era enviado para a agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York. O banco foi liquidado pelo BC em 2000.
Atualmente, o BC só conhece a identidade das pessoas que enviam quantias superiores a US$ 10 mil por meio das CC-5. Transações de valores menores podem ser feitas anonimamente.
O chefe do Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros do BC, Ricardo Liao, disse ontem que o BC poderá reduzir -e eventualmente extinguir- esse limite. "Hoje é US$ 10 mil. Pode ser US$ 50 mil, pode ser US$ 200 mil, pode até ser zero."
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


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