São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2010

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Servidor leva cerca de 2h até nova sede de MG

Distância é a principal queixa entre os funcionários já instalados na Cidade Administrativa, a 20 km do centro de BH

Maioria dos servidores vê mais pontos positivos do que negativos na mudança; os elogios se concentram nas condições de trabalho

BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Um político que embarque no aeroporto de Brasília, chegue a Confins (MG) e pegue um táxi até a Cidade Administrativa Tancredo Neves para audiência com o governador Aécio Neves (PSDB) tem grandes chances de chegar mais cedo que um servidor que saia da região centro-sul de Belo Horizonte e vá de transporte público para o trabalho.
Ontem, saindo da região da Savassi às 11h14, a reportagem da Folha levou uma hora e 51 minutos para chegar à Cidade Administrativa, a cerca de 20 quilômetros do centro. Na volta, à tarde, pegando dois ônibus e um metrô ao longo de 12 estações, foi gasta uma hora e 15 minutos no percurso.
A localização da nova sede do governo é o principal motivo de queixa entre os 2.864 servidores que já estão trabalhando no local. O número representa menos de 20% das quase 16.300 pessoas que estarão na nova sede até outubro, quando termina o período de desocupação dos imóveis atualmente usados pela estrutura administrativa do governo, em BH.
Luiz Manoel Maia de Oliveira, 23, trabalha para uma ONG que presta serviço no novo complexo e está há um mês na nova rotina. Ele usa seu próprio carro para ir ao trabalho.
"Já deu pra sentir no bolso a diferença. Gasto o dobro de combustível de antes. Estamos vendo se conseguimos fechar uma van com oito pessoas para trazer a gente aqui", disse.
Para facilitar a adaptação, Aécio reduziu a jornada dos servidores de oito para seis horas diárias, até o final do ano.
Apesar da queixa com relação ao tempo de deslocamento, a maioria dos servidores vê mais pontos positivos do que negativos na mudança. Os elogios se concentram nas condições de trabalho.
Apesar de ainda não contar com estrutura mínima de serviços (não há farmácias ou lanchonetes no local), o complexo projetado por Oscar Niemeyer agradou os servidores ouvidos pela reportagem.
Cada servidor tem uma estação própria de trabalho, feita em madeira certificada, com computador e telefone individual. Ar-condicionado central e ambiente acarpetado também são diferenças significativas em relação aos ambientes de algumas das antigas instalações do governo.


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