São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2000


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IMPEACHMENT 2
Novo processo contra Pitta tem Colasuonno e Vita no comando
Governistas dominam comissão

JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois vereadores que votaram contra o início do atual processo de impeachment de Celso Pitta (PTN) vão comandar uma outra apuração contra o prefeito.
Miguel Colasuonno (PMDB) e Brasil Vita (PPB) foram eleitos ontem para ocupar, respectivamente, os cargos de presidente e relator da nova comissão que vai analisar denúncias contra Pitta.
A escolha dos dois integrantes da tropa de choque de Pitta na Câmara Municipal para os cargos teve o apoio da maioria da comissão -quatro dos sete integrantes.
Colasuonno, Vita, Archibaldo Zancra (PL) e Edvaldo Estima votaram com a base que apóia Pitta. Paulo Frange (PTB), que disputou a presidência, e Adriano Diogo (PT), que queria a relatoria, foram derrotados. O sétimo integrante é Eder Jofre (PSDB).
A comissão terá até o próximo dia 19 para analisar a denúncia de que o prefeito teria cometido uma infração político-administrativa ao não pagar uma dívida com um precatório (dívida que a Justiça determina o pagamento).
Os trabalhos da comissão terminam com a votação de relatório que será apresentado por Vita.
No documento, ele terá de propor a admissibilidade ou não da denúncia contra Pitta. Se a comissão recusar a denúncia, o processo é arquivado. Se Vita propuser que a denúncia tem de ser acatada, o documento tem que ser aprovado em duas votações para o processo continuar: pela maioria dos integrantes da comissão e, depois disso, por 33 dos 55 vereadores paulistanos. A tendência na Câmara é que o processo seja arquivado com o voto de integrantes governistas da comissão.

Impeachment 1
A comissão que analisa o primeiro pedido de impeachment de Pitta desistiu ontem de ouvir os autores da denúncia contra Pitta.
Os depoimentos de quatro integrantes da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) ocorreriam hoje, mas a presidente da comissão, Ana Maria Quadros (PSDB), desistiu de convidá-los. "Segundo a nossa assessoria jurídica, se eles apresentassem algum dado novo, o ato poderia gerar alguma nulidade dos trabalhos", disse.


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