São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JUDICIÁRIO

Com 6ª indicação, Lula escolhe maioria de 11 ministros

Presidente indica a 2ª mulher ao STF, Carmen Lúcia Antunes Rocha

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a ex-procuradora-geral do Estado de Minas Gerais Carmen Lúcia Antunes Rocha para o STF (Supremo Tribunal Federal) na vaga aberta com a aposentadoria de Nelson Jobim.
Carmen Lúcia, 50, será a segunda mulher a se tornar ministra nos 177 anos do STF. Há duas semanas, Ellen Gracie Northfleet foi a primeira mulher a assumir a presidência do tribunal. Para tomar posse, Carmen Lúcia precisa ser sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e ter o nome aprovado no plenário.
Essa é a sexta indicação de Lula, o que significa a escolha da maioria dos 11 ministros do tribunal. Em 2003, ele nomeou o primeiro ministro negro, Joaquim Barbosa.
Desde o ano passado, o governo cogitava indicar mais uma mulher para o STF, mas havia outros nomes sob exame: Misabel Derzi, ex-procuradora-geral do Estado de Minas, e Maria Lúcia Karan, juíza aposentada (RJ).
Carmen Lúcia é mineira de Montes Claros, solteira, professora de direito constitucional da PUC-MG, onde foi aluna do ex-ministro do STF Carlos Velloso. Ela é prima de terceiro grau do ministro Sepúlveda Pertence, o atual decano do tribunal.
O Palácio do Planalto anunciou o nome ontem. A expectativa é que o "Diário Oficial" publique hoje a mensagem presidencial ao Senado indicando o nome.
A ministra Ellen Gracie enalteceu as qualidades profissionais de Carmen Lúcia e elogiou a escolha. "A vinda da jurista se refletirá na grande inclusão de gênero que esta casa já experimenta", disse.


Texto Anterior: Perda de leitores nos EUA é tema de encerramento
Próximo Texto: Tapa-buraco: TCU vê irregularidades em obras nas estradas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.