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Aliados de tucano evitam hostilizar Lula
DA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
O PSDB oficializa hoje a candidatura de Geraldo Alckmin à
Presidência em meio à instabilidade de seus palanques pelo
país. Intimidados pelo mau desempenho do candidato nas
pesquisas ou contrariados com
os tucanos de seus Estados, potenciais cabos eleitorais de
Alckmin têm evitado fazer
campanha ostensiva contra o
presidente Lula.
Na semana passada, o senador José Jorge (PFL-PE), indicado para vice na chapa de
Alckmin, abordou o governador da Paraíba, Cássio Cunha
Lima (PSDB), pedindo que ajude o candidato no Estado. Já irritado com a cobrança, Cássio
reagiu: "Por que o sr. não o ajuda em Pernambuco? Por que
Alckmin não se ajuda em São
Paulo?", perguntou.
No Paraná, o governador Roberto Requião (PMDB) negocia
com PSDB uma aliança, mas
não quer se envolver na disputa
nacional. No Maranhão, a senadora Roseana Sarney (PFL)
não vai abrir o palanque para
candidatos à Presidência.
Alguns dos abalos nascem de
problemas locais com o PSDB.
O governador do Rio Grande do
Sul, Germano Rigotto (PMDB),
já avisou que não oferecerá seu
palanque a Alckmin caso o
PSDB mantenha a candidatura
no Estado. Em Sergipe e Bahia,
o PFL acusa o PSDB de fechar
aliança branca com o PT.
Às vezes a identidade é de
eleitorado. Dos 164 prefeitos do
Norte de Minas, 110 declaram
voto em Lula e no tucano Aécio
Neves para governador.
"Ninguém perde voto por defender o Alckmin, mas esse poder de transferência é limitado", disse Aécio.
Até em São Paulo surgem palanques híbridos, como o do
prefeito de Bauru, eleitor de
Serra e de Cristovam Buarque.
Os serristas também se irritam
com as acusações. Segundo um
deles, seria uma tentativa de
responsabilizar o ex-prefeito
pelas dificuldades de Alckmin.
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