São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Em SP, Lula pressiona por novo imposto

Presidente critica a oposição e afirma que o governo terá de encontrar "outra forma de ter esse dinheiro"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou três eventos da área da saúde, no Estado de São Paulo, para trabalhar publicamente pela aprovação de um tributo que substitua a CPMF, o chamado imposto do cheque, extinto pelo Congresso no ano passado. Ao lado do ministro José Gomes Temporão (Saúde), ele aproveitou todas as oportunidades que teve para criticar a oposição pelo fim da antiga cobrança e dizer que, sem um novo tributo, o "povo será o grande prejudicado".
Pela manhã, na Faculdade de Medicina da USP, em homenagem ao cardiologista Roberto Kalil Filho e ao empresário Antônio Ermírio de Moraes, Lula saudou o ex-ministro Adib Jatene, o idealizador da CPMF, que estava na platéia.
"Fiquei emocionado quando o Jatene pediu a manutenção da CPMF, mas isso não sensibilizou os neurônios de alguns senadores." À tarde, em feira hospitalar, disse: "O Mais Saúde ficou frustrado porque a CPMF não foi aprovada. O sistema de saúde foi o prejudicado". Em Campinas, Lula inaugurou um hospital.

Votação da CSS
Depois de mais de quatro horas de debate, base e oposição fecharam um acordo e deixaram para hoje a votação do projeto que regulamenta a emenda 29, destinando mais recursos para a saúde, e que cria a nova CPMF -a CSS (Contribuição Social para a Saúde). Deputados da base admitiram a dificuldade em aprovar o texto, que precisa de ao menos 257 votos, durante a madrugada.
A votação da CSS, cuja alíquota é de 0,1%, já está na pauta da Câmara há três semanas. Caso seja aprovada hoje, ainda precisa passar pelo Senado.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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