|
Texto Anterior | Índice
Empresário não pagou propina, diz advogada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
A advogada de Luiz Antônio
Trevisan Vedoin, Laura Gisele
Spinola, admitiu ontem que o
empresário declarou à Justiça
Federal ter negociado emendas
ao Orçamento em Brasília para
compra de ambulâncias, mas
negou pagamento de propina a
deputados. A CPI dos Sanguessugas disse, porém, que no depoimento ele envolveu de 60 a
80 parlamentares no esquema.
Sem pagamento, a vantagem
para os deputados pode ter sido
destinar verbas de emendas a
entidades não-governamentais
ligadas a eles mesmos. Na investigação, há ao menos três casos desse tipo comprovados.
Pai de Luiz Antônio e dono
da Planam, Darci Vedoin disse
à Justiça, em 20 de junho, que
"percorria os gabinetes dos
parlamentares, sensibilizando-os da necessidade de investimento na área [de saúde] e
apresentando a sua empresa na
área de comercialização de unidades móveis de saúde".
Com interrupções para almoço e descanso durante a noite, o depoimento de Luiz Antônio Vedoin continuava até o
fim da tarde de ontem. Spinola
disse que a sessão demoraria
porque Vedoin seria interrogado sobre 70 inquéritos policiais
relacionados a compras de ambulâncias superfaturadas.
"Há ainda dois CDs de conversas gravadas", disse a advogada, referindo-se às escutas
telefônicas, feitas pela Polícia
Federal, entre acusados de pertencer ao esquema da compra
dos veículos.
Texto Anterior: Eleições 2006/Congresso: Apesar de escândalos, 88% da Câmara tenta reeleição Índice
|