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TENSÃO NO CAMPO
Outros 3 membros do MST são presos suspeitos de assassinato no PR
6 sem-terra são presos acusados de furto
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Um grupo de seis integrantes do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi preso
pela Polícia Militar paranaense
acusados de furtar 650 sacas de
soja (39 toneladas) de um silo da
Araupel, em Quedas do Iguaçu
(região centro-oeste do Paraná).
A prisão ocorreu na manhã de
sábado. A soja pertencia a uma fazenda invadida pelo MST no último dia 12 e estava sendo transportado em três caminhões do
MST pela PR-158. A carga, que estava com a venda acertada, foi recuperada e será entregue normalmente aos compradores hoje.
De acordo com a polícia, já havia uma denúncia de que a soja estava sendo desviada da Araupel
desde o início da invasão.
Com o flagrante, a suspeita foi
confirmada. De acordo com a Polícia Militar de Laranjeiras do Sul
-que efetuou o flagrante-, a soja, é avaliada em R$ 210 mil.
A Araupel estocava 44 mil sacas
de soja na área da invasão.
Foram presos João Carlos Gonçalves, Reni José do Nascimento,
Vanderlei Schwalenberger, o paraguaio Carlos Ramon Lescano e
um adolescente de 15 anos, cujo
nome não foi divulgado.
O dono dos três caminhões que
transportavam a soja, João Carlos
Gonçalves, disse à polícia que estava fazendo o transporte a mando dos líderes do acampamento.
Os sem-terra presos foram indiciados por formação de quadrilha
e furto qualificado.
Mais prisões
A polícia paranaense prendeu
três integrantes do MST suspeitos
de terem matado, uma semana
atrás, o sem-terra Francisco Nascimento de Souza, 27. As prisões
ocorreram na noite de sexta-feira.
Após ouvir os três suspeitos, o
delegado Roberto Penteado, de
Cruzeiro do Oeste, disse estar
centrando suas investigações em
divergências entre os próprios
sem-terra como motivo do assassinato, ocorrido em Mariluz (PR).
O delegado informou que os
nomes dos sem-terra são Laércio,
Osmar e Valdir. Laércio e Osmar
estavam acampados nas proximidades do assentamento Nossa Senhora de Aparecida (a 600 km de
Curitiba), onde vivia Souza. Valdir é um dos assentados no local.
Os oito tiros que mataram o
sem-terra foram dados por armas
de calibres 380 e 765, os mesmos
calibres das armas encontradas
com os suspeitos. ""Não posso ainda afirmar que foram eles. São
apenas suspeitos, eles negam a
autoria", afirmou o delegado.
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