|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Consulado afirma que boxeadores pediram visto
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O consulado geral da Alemanha no Rio confirmou ontem à
Folha que os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e
Erislandy Lara estiveram lá e
fizeram pedido de visto para
entrar no país europeu. A informação oficial contradiz a versão da dupla de que foram dopados e ficaram presos na mão
de empresários.
A consulta ao consulado foi
sugerida, em um momento de
irritação, por Ahmet Öner, turco baseado na Alemanha, da
empresa Arena Box Promotion, que já tem sob contrato
quatro desertores cubanos.
""Você não precisa acreditar
em mim sobre se os cubanos
pretendiam ou não ir para a
Alemanha. Por que não vai ao
consulado da Alemanha? Pergunte se não estiveram por lá",
disparou ao ser confrontado
pela reportagem com as versões divulgadas pelos boxeadores e autoridades brasileiras.
Mesma linha foi adotada pelo
advogado alemão Rafael Viena,
do escritório de advocacia
WZR, contratado pela Arena.
""Já disse que estive com eles
no consulado para acertar a papelada para irem à Alemanha.
Deve ter sido por volta do dia
26, quando firmamos o contrato [entre lutadores e Arena]."
A assessoria de imprensa do
consulado reconheceu ontem
pela manhã que os dois cubanos e Viena estiveram no local.
O consulado não deu mais
detalhes ao alegar que a pessoa
que poderia fazê-lo estaria em
uma reunião. Tampouco forneceu o contato direto da pessoa.
Em Cuba, os dois boxeadores
apresentaram uma outra versão para a deserção. Eles disseram que estavam acima do peso
e por isso desistiram de seguir
com sua participação no Pan.
""Se fosse esse o problema, Rigondeaux já não teria dado o
peso na primeira luta", afirmou
o brasileiro Popó, ex-campeão
de boxe.
De volta a Cuba, Rigondeaux
afirmou que ama seu país, e, em
entrevista à TV cantarolou o hino nacional.
Texto Anterior: Atletas foram deportados, confirma delegado Próximo Texto: Ringue: Desertores já estão lutando na Alemanha Índice
|