São Paulo, sábado, 11 de agosto de 2007

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Consulado afirma que boxeadores pediram visto

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O consulado geral da Alemanha no Rio confirmou ontem à Folha que os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara estiveram lá e fizeram pedido de visto para entrar no país europeu. A informação oficial contradiz a versão da dupla de que foram dopados e ficaram presos na mão de empresários.
A consulta ao consulado foi sugerida, em um momento de irritação, por Ahmet Öner, turco baseado na Alemanha, da empresa Arena Box Promotion, que já tem sob contrato quatro desertores cubanos.
""Você não precisa acreditar em mim sobre se os cubanos pretendiam ou não ir para a Alemanha. Por que não vai ao consulado da Alemanha? Pergunte se não estiveram por lá", disparou ao ser confrontado pela reportagem com as versões divulgadas pelos boxeadores e autoridades brasileiras.
Mesma linha foi adotada pelo advogado alemão Rafael Viena, do escritório de advocacia WZR, contratado pela Arena.
""Já disse que estive com eles no consulado para acertar a papelada para irem à Alemanha. Deve ter sido por volta do dia 26, quando firmamos o contrato [entre lutadores e Arena]."
A assessoria de imprensa do consulado reconheceu ontem pela manhã que os dois cubanos e Viena estiveram no local.
O consulado não deu mais detalhes ao alegar que a pessoa que poderia fazê-lo estaria em uma reunião. Tampouco forneceu o contato direto da pessoa.
Em Cuba, os dois boxeadores apresentaram uma outra versão para a deserção. Eles disseram que estavam acima do peso e por isso desistiram de seguir com sua participação no Pan. ""Se fosse esse o problema, Rigondeaux já não teria dado o peso na primeira luta", afirmou o brasileiro Popó, ex-campeão de boxe.
De volta a Cuba, Rigondeaux afirmou que ama seu país, e, em entrevista à TV cantarolou o hino nacional.


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