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Ministério Público de MG contesta foro privilegiado
Mineiros pedirão que procurador-geral da República acione Supremo contra lei
Antonio Fernando de Souza já manifestou discordância de projeto aprovado pelos parlamentares mineiros; "É inconstitucional", afirmou
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, receberá na segunda-feira representação para que
conteste no STF (Supremo Tribunal Federal) a aprovação da
lei pela Assembléia Legislativa
de Minas Gerais criando privilégios a autoridades e limitando as ações de promotores e
procuradores.
A representação chegará a
Souza pelas mãos do procurador-geral de Justiça de Minas,
Jarbas Soares Jr. e pelo presidente da Conamp (Associação
Nacional dos Membros do Ministério Público), José Carlos
Cosenzo. "Eles [os deputados]
quiseram é afrontar o Ministério Público. Agora, o que a gente quer é que a sociedade veja
que eles querem apenas e tão
somente se defender dos atos
de improbidade que eles praticaram", disse Cosenzo.
O procurador-geral da República considera todo o projeto
"inconstitucional". A opinião
de Antonio Fernando foi manifestada em nota técnica do
CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público), que ele
preside, datada do dia 9, três
dias após o governador Aécio
Neves (PSDB-MG) vetar o projeto e um dia antes de a base do
tucano derrubar o veto.
A nota assinada por Antonio
Fernando diz que as emendas
aprovadas "interferem na autonomia do Ministério Público" e
que as "regras introduzidas pelo projeto de lei complementar
limitam a atuação dos membros do Ministério Público mineiro, ferindo no cerne a própria autonomia da instituição".
Pela lei, que deverá ser promulgada na próxima semana,
1.981 autoridades, entre elas os
próprios deputados estaduais,
só podem ser investigadas em
ações cíveis pelo procurador-geral de Justiça, não mais por
promotores. Para o procurador-geral da República, a "independência funcional do Ministério Público foi atingida".
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